Organização de turismo nos EUA quer reduzir espera para 1º visto a até 30 dias

A U.S. Travel Association, representante de diferentes segmentos do turismo nos EUA, pediu ao governo americano esforços para facilitar a entrada de viajantes no país, incluindo brasileiros. Entre as demandas está a redução para até 30 dias no tempo de espera para a primeira emissão do visto de turismo ou negócios –hoje, quem vem do Brasil aguarda cerca de 500 dias para agendar uma entrevista.

Presidente da U.S. Travel Association, Geoff Freeman afirmou nesta terça (23), na IPW, a maior feira de turismo dos EUA, que a fila para obter esse tipo de visto vem afastando turistas de diferentes partes do mundo de viajarem ao país. Brasil, México e Índia estão entre os exemplos de mercados mais críticos.

A organização reúne mil membros, entre destinos estaduais como Nova York e Flórida, companhias aéreas e atrações culturais, como o Museum of Modern Art, o Moma.

Em São Paulo, o tempo atual de espera para vistos que exigem entrevista é de 610 dias. É possível consultar o período exigido para vários tipos de permissões, nos diferentes consulados dos EUA no país, no site do Departamento de Estado. Os de turismo são os B1/B2. Em 2021, os Estados Unidos receberam 239 mil brasileiros, que gastaram US$ 1,7 bilhão (R$ 8,4 bilhões) no país.

“Os viajantes não vão esperar tanto tempo para entrar nos EUA. Isso está fazendo com que famílias inteiras escolham outros lugares para visitar”, disse Freeman. Segundo ele, 40% dos turistas que entram nos Estados Unidos precisam do visto de primeira entrada.

Além de pedir a redução do tempo de espera pela primeira autorização para 30 dias, a organização também quer que o governo dobre o número de postos de “pre-clearance”, estações que permitem ao turista fazer o processo de imigração em seu país de origem, em aeroportos selecionados.

Outra demanda da associação é diminuir a espera para passar pelo serviço de imigração de quem chega aos Estados Unidos, que, de acordo com a entidade, é de ao menos uma hora. “O Departamento de Estado sabe desses problemas e vem trabalhando nisso, mas ainda é insuficiente. Estamos trabalhando para trazer os visitantes de volta depois da pandemia. Precisamos nos manter competitivos”, afirma Freeman.

Fonte: Folha de S.Paulo