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Pizza de cachorro-quente, uma tradição italiana

A culpa é toda minha, eu sei.

Sempre que aparece mas redes sociais alguma atrocidade culinária, algum atentado contra a alimentação sensata, as pessoas começam a me marcar e me enviar o post.

Panetone de atum? O Marcão deve se interessar. Bombom de camarão? Vou mandar pro Bruta.

O caso mais recente diz respeito ao presumível incidente diplomático causado por uma certa pizza de cachorro-quente feita por uma lanchonete de Arraial do Cabo (RJ).

Um rapaz estende a massa da pizza, coloca algumas salsichas na borda, cobre com a massa excedente, depois picota essas salsichas com o auxílio de um disco com marcações –assim a borda da pizza fica cheia de enroladinhos de salsicha.

A cobertura propriamente dita leva salsicha com molho, queijo, ervilha, milho, requeijão e, depois que a pizza sai do forno, batata palha.

Um pouco estranho para pizza, certamente conservador para cachorro-quente –ainda mais se a régua for o dogão osasquense.

Aí a legenda do vídeo diz: “Pizzaria inventa a pizza de cachorro-quente, e a Itália declara guerra contra o Brasil”.

Sei que é piada. Nada, porém, menos verdadeiro.

A Itália nunca declararia guerra ao Brasil (por este motivo) simplesmente porque foram os italianos que inventaram a pizza de cachorro-quente.

Um sabor muito comum no país dos criadores da pizza se chama wurstel e patatine, salsicha e batatinha. Hot-dog com fritas.

É para as crianças, nem toda pizzaria tem, bla, bla, bla. Mas, enfim, só passei para dizer que Arraial do Cabo até que está representando bem a tradição napolitana.

Fonte: Folha de S.Paulo

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