Pôr do sol, trilha e ‘pé limpo’: as dicas do NYT para curtir o Rio de Janeiro

O que você faria se tivesse apenas 36 horas para curtir o Rio de Janeiro?

Mesmo sem muito tempo, com boas doses de disposição é possível curtir alguns passeios e lugares que resumem a experiência de viver na capital fluminense. Esta é a proposta do roteiro carioca publicado nesta semana pelo The New York Times, que mescla atrações naturais da cidade, como o Arpoador e o Morro Dois Irmãos, com bares, restaurantes e lojas fora do circuito turístico das praias da zona sul.

Compilado pelo repórter Jack Nicas, que vive no Rio desde 2021, o itinerário começa com uma dica tão batida quanto válida: o famoso pôr do sol na Pedra do Arpoador, a mais icônica paisagem carioca.

Depois, a dica é rumar para o Bafo da Prainha, uma grande praça com mesas na calçada, cerveja gelada e boas opções de comida tradicional. Uma vez bem alimentado, o samba “é logo ali na esquina”, na tradicional Pedra do Sal.

Se você não abre mão de investir em lembrancinhas, o jornalista americano recomenda o Centro de Referência do Artesanato Brasileiro, do SEBRAE, na Praça Tiradentes, “possivelmente o melhor lugar da cidade para comprar presentes exclusivos e de qualidade”.

Aos sábados, o repórter também recomenda bater perna na tradicional Feira do Lavradio, na Lapa, destacando que por lá é possível encontrar antiguidades e artesanatos “nos dois estilos cariocas: descontraído e relaxado, ou barulhento e cheio de cores”.

Ainda pelo centro, o roteiro sugere uma passada em uma “jóia da arquitetura brutalista dos anos 70”, a Catedral Metropolitana do Rio e, logo ali ao lado, pegar o bonde que sobe pelos Arcos da Lapa até Santa Tereza.

No passeio por lá, Nicas destaca a loja/café/bar Favela Hype, a loja de discos Vinil do Mustafa, o bar-hamburgueria LGBTIA+-friendly Novo Oeste e os bolinhos de bacalhau do Bar do Gomes.

De volta ao nível do mar, já em Botafogo, a recomendação é experimentar a versão gourmet dos tradicionais botecos pé-sujo do Rio, como o “pé-limpo” Chanchada, que serve torresmo, carne assada desfiada, pastel de camarão, berinjela à milanesa e uma grande variedade de batidas.

O já consagrado Quartinho é uma ótima opção para quem gosta de coquetelaria e, se a noite pedir um pouco mais de música e flerte, o “básico e artsy” Calma, com uma boa programação de DJs e drinks a preços honestos, é o destino certo.

Encerrando o bate e volta carioca das 36 horas, o jornalista americano sugere um ‘rolé’ que não decepciona nem mesmo os mais cariocas: a trilha do Morro Dois Irmãos, que começa com uma corrida de moto-táxi pelas estreitas ruelas do Vidigal.

Em seguida, uma trilha relativamente curta (menos de 3 km ida e volta), mas bastante inclinada (são 200 metros morro acima) desafia o condicionamento físico —mas nada impeditivo para quem já bateu tanta perna pelo Rio. “A recompensa vale a pena”, escreve o repórter. “A maior favela do Brasil, a Rocinha, fica à esquerda. E então, no pico, uma vista deslumbrante dos pontos turísticos mais famosos do Rio.”

Fonte: Folha de S.Paulo