Saiba como não cair em golpe na hora de comprar passagens aéreas pela internet

Veja as dicas de especialista para não cair em golpe na hora de comprar passagens aéreas pela internet — Foto: Centro Europeu

Para que a viagem dos sonhos não vire pesadelo, como aconteceu com mais de 250 pessoas que foram lesadas pela agência de turismo Na Mala Tur, é preciso ficar atento aos detalhes. Formas de pagamento, CNPJ e valores das passagens estão entre os quesitos que precisam ser observados antes de fechar as malas.

O advogado especialista em direito dos viajantes aéreos, Lucas Monteiro de Barros, explicou que a primeira coisa a se fazer para evitar prejuízos é checar se a empresa é confiável.

“Toda compra na internet tem que ter cuidado redobrado, ao verificar qualquer tipo de oportunidade, o viajante tem que verificar se é uma empresa confiável, consultando o número no CNPJ no site da Receita Federal, se certificar se a empresa existe de fato. Depois disso, é desconfiar da sedução dos preços muito abaixo do praticado no mercado. Por trás de todo estelionato, há uma sedução”, contou.

Barros disse ainda que se basear em indicação de influencers ou pessoas famosas não é suficiente para se resguardar.

“Essas pessoas são pagas para participarem de propaganda. Não é aconselhável fechar negócio só se baseando no fato de que um famoso indicou. É preciso checar as redes sociais, analisar os comentários de quem já viajou, olhar avaliações da empresa nos sites e prestar atenção na forma de pagamento exigida pela empresa. O ideal é que o pagamento seja parcelado e no cartão de crédito”, falou.

Veja outras dicas:

  • Confira sempre se o endereço no navegador é o endereço oficial da empresa.
  • Evite clicar em links e prefira sempre digitar o endereço no navegador.
  • Antes de fornecer informações pessoais para realização da compra, certifique-se que o site é o correto.

Caí no golpe, o que fazer?

Se caiu em um golpe de compra na internet, a Polícia Civil de Minas Gerais orienta que as vítimas procurem uma delegacia mais próxima ou registre a denúncia aqui.

O ideal é que as vítimas também procurem o Procon.

Vítimas de agência de turismo

Michelle Bernardes Assis Quintão gastou R$10,5 mil para ir pra Orlando com toda família. — Foto: Arquivo pessoal

A viagem para Orlando (EUA) com toda família virou pesadelo para a belo-horizontina Michelle Bernardes Assis Quintão, de 34 anos. Uma semana após comprar as passagens, a agência de turismo Na Mala Tur publicou nas redes sociais que havia encerrados as atividades.

Até a tarde de quarta-feira (25), o dinheiro dela não havia sido devolvido e nenhum representante a havia procurado para dar explicações. Ela é uma das mais de 250 pessoas que alegam terem sido lesadas.

“Tem sete anos que não vejo meu irmão. A ideia era irmos para Orlando e, de lá, visitá-lo no Canadá. Compramos ao todo sete passagens, havia muita expectativa. Dias depois soube por um amigo que eles haviam postado nas redes sociais falando que não estavam funcionando mais. Não entraram em contato com nenhum cliente”, contou a representante comercial.

Perfil da agência de turismo suspeita de golpe nos clientes tem 60 mil seguidores. — Foto: Redes sociais

O prejuízo da vítima foi de R$10,5 mil. Ela contou que já tinha viajado antes pela agência e que não teve problemas, mas lembrou que chegou a desconfiar da obrigatoriedade do pagamento ser por transferência bancária ou PIX.

O advogado da agência de turismo Na Mala Tur disse à TV Globo que todas as vítimas terão o dinheiro de volta.

“(…) Brevemente, em um curto espaço de tempo, a empresa retornará um a um dos e-mails informando sobre a restituição dos créditos que foram empregados nas compras dos bilhetes de passagem. A empresa é idônea e vai cumprir integralmente o que foi ajustado com seus clientes”, disse Leonardo Camargo.

A reportagem não conseguiu contato com a empresária Moana Sampaio, dona da agência. A Polícia Civil investiga o caso.

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Fonte: G1