O mesmo fez a Indonésia, que reduziu seus subsÃdios em 90% desde 2015; e o Irã, que aumentou em até 500% o preço do combustÃvel em 2010.
Na América Latina, o presidente da Argentina, Mauricio Macri, tenta eliminar os subsÃdios da era Kirchner, e o México abriu o mercado antes monopolizado em 2013.
As decisões geraram protestos e, em alguns casos, alimentaram a inflação após o aumento dos preços do barril do petróleo no mercado global. Não é à toa que, no México, o candidato à Presidência favorito nas pesquisas, Andrés Manuel López Obrador, prometeu congelar os preços da gasolina por três anos.
Mas a decisão, apesar de impopular, é quase consenso entre economistas.
“As pessoas precisam entender que o preço do petróleo não é decidido por um capitalista sentado em algum gabinete, fumando um charuto”, diz à Folha o especialista em globalização Marian Tupy, do Cato Institute. “Isso depende do mercado global.”
Ele afirma que existe uma tendência mundial, já há alguns anos, de retirar subsÃdios do combustÃvel em prol de outros investimentos ou polÃticas de transferência de renda, que seriam mais efetivas.
