Os novos processos de imigração na fronteira foram duramente criticados por organizações de defesa de imigrantes nos EUA, alegando que o governo Biden restringe direito de pedir asilo no país – dificulta para indocumentados
Da Redação – Fica cada vez mais restrita a possibilidade de imigrantes adultos que cruzam a fronteira entre México e EUA terem acesso ao asilo em terras americanas – desde 11 de maio quando novas medidas foram impostas pelo governo de Joe Biden em substituição ao “Titulo 42”. Os dados são de um tribunal federal da Califórnia.
Antes da pandemia – entre 2014 e 2019 – os adultos presos em viagens irregulares conseguiram solicitar asilo, conforme destaca Blas Nuñez Neto, responsável pela política de fronteiras do “Departamento de Segurança Interna (DHS)”.
Dos 8.195 adultos sujeitos à nova restrição e que estão protegidos pelas autoridades de imigração, apenas 3.753 poderão dar o primeiro passo para pedir asilo nos EUA, de acordo com os dados fornecidos em tribunal.
Antes do atual regulamento de fronteira, os imigrantes tinham respostas mais rápidas devido à pandemia, também contemplando os indocumentados que provassem “situações excecionais”, como emergências médicas ou ameaça iminente de morte, tortura e sequestro em seu país de origem.
Os novos processos de imigração na fronteira foram duramente criticados por organizações de defesa de imigrantes nos EUA, que apontam que as pessoas não têm acesso garantido a aconselhamento jurídico. Alegam que as medidas impostas por Joe Biden se assemelham aos atos anti-imigrantes, promovidos pelo seu antecessor, o ex-presidente Donald Trump (2017-2021).
As organizações argumentam que as leis de asilo dos EUA não permitem que o governo restrinja o acesso com base em como as pessoas entraram no país ou realmente solicitaram proteção em outro país.
O governo promoveu o uso de um aplicativo móvel, chamado “CBP One”, como a principal forma legal de solicitar asilo, algo que, por lei, só pode ser legal para americanos. Por meio desse aplicativo, no entanto, são oferecidas apenas 1.250 consultas diárias para comparecer às autoridades em um porto de entrada.
Fonte: Nossa Gente