Base conservadora dos EUA troca Trump por Ron DeSantis, diz pesquisa

A maioria dos eleitores republicanos prefere o governador da Flórida a Donald Trump como candidato presidencial de 2024, de acordo com uma pesquisa recém-publicada.

Por uma margem de 56% a 33%, os eleitores conservadores escolheram o governador Ron DeSantis em vez do ex-presidente republicano, que lançou formalmente uma nova campanha presidencial no mês passado.

A pesquisa feita pela Universidade Suffolk e o jornal USA Today também descobriu que o presidente democrata Joe Biden tinha números de aprovação mais altos do que Trump.

O levantamento foi realizado depois que candidatos apoiados por Trump nas eleições de meio de mandato, realizadas há pouco, não se saíram tão bem quanto se esperava.

“Há um novo xerife republicano no pedaço”, avalia David Paleologos, diretor do Centro de Pesquisa Política da Universidade Suffolk.

“DeSantis supera Trump não apenas entre o público geral, mas também entre os eleitores de tendência republicana, que têm sido a base do ex-presidente.”

“Republicanos e eleitores independentes conservadores querem cada vez mais o trumpismo sem Donald Trump”, conclui o especialista

De acordo com a pesquisa, DeSantis também superaria Biden por 47% a 43% numa eleição hipotética. Vale dizer que 7% dos participantes do levantamento se diziam indecisos sobre quem escolher.

DeSantis, de 44 anos, foi reeleito governador em novembro, ao vencer com uma larga margem de mais de um milhão e meio de votos, a maior dos últimos em 40 anos na Flórida.

Logo após a eleição de meio de mandato, Trump atacou seu opositor em potencial e o alertou para que não concorra à presidência.

“Acho que, se ele concorrer, poderá se machucar muito”, afirmou o ex-presidente à Fox News.

A pesquisa, divulgada em 13 de dezembro, apontou que apenas 30% dos respondentes aprovavam o governo Trump. Já atual gestão de Biden é vista como positiva por 46% do público.

O estudo também descobriu que mais de 60% dos eleitores prefeririam que nem Trump nem Biden concorressem nas eleições de 2024.

O inquérito entrevistou por telefone mil indivíduos entre os dias 7 e 11 de dezembro.