Covid: Alemanha suspeita que enfermeira tenha aplicado milhares de falsas vacinas

Foto aproximada de vacina injetada no braço

Crédito, Getty Images

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Muitos daqueles que receberam a solução de sal tinham mais de 70 anos

As autoridades no norte da Alemanha pediram para que mais de 8.000 pessoas voltassem a receber doses de vacina contra a covid-19. Isso ocorreu porque, em muitos casos, suspeita-se que uma enfermeira injetou solução de sal em vez de imunizante.

A polícia está investigando as ações da enfermeira em um centro de vacinação em Frísia, perto da costa do Mar do Norte.

Inicialmente, apenas seis pessoas teriam recebido a solução de sal, em março e abril de 2021.

Muitos dos afetados tinham mais de 70 anos — um grupo de alto risco na pandemia.

O inspetor Peter Beer, citado pelo Süddeutsche Zeitung, disse que a suspeita, de 40 anos, vinha compartilhando “informações graves sobre o coronavírus” nas redes sociais, inclusive criticando as restrições do governo para conter a disseminação do vírus.

A emissora regional NDR diz que 8.557 pessoas foram orientadas a voltar para tomar novamente a vacina. Até agora, outros cerca de 3.600 novos casos já foram identificados.

Crédito, AFP

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Na Alemanha, autoridades pediram que 8.000 pessoas voltassem para receber novamente vacinação, devido a suspeita de aplicação errada

Em abril, a enfermeira admitiu ter dado uma solução de sal a seis pessoas para encobrir o fato de ter deixado cair um frasco de vacina no chão.

Mas, com o desenrolar da investigação policial, ficou claro que muito mais pessoas haviam recebido uma solução salina em vez da vacina Pfizer/ BioNTech.

A polícia não descarta que a ação da enfermeira pode ter motivo político, embora os advogados dela tenham rejeitado isso e contestem a escala relatada da troca pela solução salina.

Mais testemunhas estão sendo interrogadas e até agora nenhuma acusação foi feita no caso.

A Alemanha tem visto muitos protestos antivacinação.

Grupos de extrema direita estão entre aqueles que rejeitam os dados oficiais e as conclusões sobre a disseminação da covid-19.

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Fonte: BBC