Ministros discutem agenda econômica e ambiental do Brasil em Davos

Representando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, os ministros Marina Silva (Meio Ambiente) e Fernando Haddad (Fazenda) participaram, na terça-feira (17), do painel “Brasil: Um Novo Roteiro – Sessão Especial sobre o Brasil”, sobre a agenda econômica e ambiental do país em seu novo governo.

Partindo do tema do evento este ano, “Cooperação em um Mundo Fragmentado”, o painel foi aberto por Argueta de Barillas, membro do Comitê Executivo do Fórum, questionando os ministros sobre os atentados ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. “É claro que não há uma posição confortável quando se tem uma oposição que é extremista. Mas eu acredito que o presidente Lula, devido a todos que estão dispostos a colaborar com o país, terá sucesso”, afirmou o ministro da Fazenda à comunidade internacional.

Ao longo do painel, Fernando Haddad e Marina Silva debateram diversos temas que serão trabalhados pelo governo brasileiro nos próximos anos nos campos da economia e meio ambiente. Questionado sobre as medidas que deve tomar para fortalecer a economia do Brasil, Haddad afirmou que vai trabalhar para equilibrar as contas públicas e reindustrializar o país, com foco na chamada “economia verde”. “Podemos crescer acima da média mundial”, disse o ministro.

Já Marina Silva falou do compromisso do governo em reconstruir as políticas ambientais do Brasil que, segundo ela, foram “completamente desmanteladas” pela administração anterior. A ministra ressaltou o desejo do presidente Lula em realizar a cúpula do clima COP30 na região amazônica em 2025, visando mostrar o compromisso do país com a redução das mudanças climáticas. “Existe uma boa regulamentação global, mas faltam investimentos e os $100 bilhões que os países ricos se comprometeram a repassar ainda não chegaram. Precisamos ter recursos para ações de mitigação e também de adaptação agora”, disse.

Em entrevista após o painel, Marina revelou estar em contato com instituições e entidades filantrópicas, incluindo as fundações do ator Leonardo DiCaprio e do bilionário fundador da Amazon, Jeff Bezos, para captar mais recursos para o Fundo Amazônia. Criado há 14 anos para financiar ações de redução de emissões provenientes do desmatamento, o fundo é considerado uma inciativa pioneira na área e foi retomado pelo governo Lula após ficar congelado durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Este ano, o Fórum Econômico Mundial, que teve início na última segunda-feira (16), registrou o maior número de líderes mundiais já presentes, com 52 chefes de estado e governos. O encerramento do evento acontece na sexta-feira (20).

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Fonte: AcheiUSA