O aeroporto mais famoso de Nova York pode até ser o JFK, mas o meu favorito é o LaGuardia. Ele recebe principalmente voos domésticos e, por isso, pode ser o local de chegada ou saída de quem combina em uma mesma viagem a Big Apple e outros destinos dos Estados Unidos, como Flórida, Califórnia ou Las Vegas.
Ainda que seja bem menor que o JFK ou o Newark, o LaGuardia não deixa nada a desejar. Pelo contrário. O Terminal B, que atende Air Canada, American Airlines, Southwest Airlines, JetBlue e United Airlines, foi reformado recentemente e está lindo: tem fonte com show de música e luzes, boas lojas e uma praça de alimentação de fazer inveja em qualquer shopping.
Localizado no bairro do Queens, ele não só é o aeroporto que fica mais próximo de Midtown Manhattan (cerca de 13 km de distância) como também é o que oferece as opções mais práticas de transporte. É possível chegar ou sair do LaGuardia de qualquer ponto da cidade de Nova York usando apenas o transporte público. Dependendo do percurso, porém, você terá que fazer uma transferência entre metrô e ônibus.
Veja, a seguir, como ir do Aeroporto de LaGuardia para o seu hotel de metrô, ônibus, trem ou carro. Só não sugiro patinete porque não tem onde colocar a mala.
Ônibus Q70 + Metrô
O ônibus Q70, conhecido também como “LaGuardia Link”, leva diretamente do aeroporto para o metrô. E o melhor: de graça. Basta embarcar no ônibus, que possui um espaço especial para acomodar as malas e opera 24 horas por dia. A cada oito a dez minutos, ele para em frente aos terminais B e C e segue para a estação de metrô Jackson Heights-Roosevelt Avenue, no Queens. Dali, é possível pegar as linhas de metrô E, M, F, R e 7 que vão para Manhattan (ensinei tudo que você precisa saber para embarcar no metrô nova-iorquino aqui).
Ônibus Q70 + Trem
Depois de passar pelo metrô, o ônibus Q70 segue para a Woodside Station da Long Island Railroad (LIRR), o serviço de trem suburbano que liga Long Island e a cidade de Nova York. Ali, você embarcará no trem que vai direto para a Penn Station, no centro de Manhattan. A viagem de trem custa mais do que a de metrô, mas é mais rápida e pode valer os dólares extras investidos. A tarifa muda se você estiver viajando no horário de pico ou fora dele, quando o “City Ticket” custa US$ 5. Outro ponto para levar em consideração é que o LIRR circula com menos frequência que o metrô e parte em horários determinados, que podem não bater com o seu horário de chegada em Nova York (consulte no aplicativo da MTA, disponível para iOS e Android).
Ônibus M60
Para quem vai ficar no Harlem, no Upper West Side ou em outras partes do norte de Manhattan, embarque no ônibus M60, que vai do LaGuardia ao Harlem pela 125th Street, uma das principais ruas do bairro. Diferente do Q70, que é gratuito, este ônibus cobra uma passagem de US$ 2,75, que dá direito a acessar o metrô gratuitamente dentro de um período de duas horas. Basta passar o MetroCard ou o OMNY (expliquei sobre os dois métodos de pagamento aqui) no ônibus e depois no metrô que essa segunda tarifa não será cobrada. Para pegar o metrô, você pode descer na Lexington Avenue (para os metrôs 4, 5 ou 6, linha verde), na Lennox Avenue (para os metrôs 2 e 3, linha vermelha) ou na St. Nicholas Avenue (para os metrôs A, B, C ou D, linhas azul e laranja).
Van
Trata-se de uma opção intermediária, tanto em preço quanto em conforto: mais caro que ônibus, mais barato que táxi; mais confortável que ônibus, não tão confortável quanto táxi. As vans agrupam vários passageiros que estão indo para a mesma região e deixam cada um na porta do seu destino. Ou seja, torça para ser um dos primeiros ou terá que fazer todo o pinga-pinga nos endereços onde os demais serão deixados. Outra coisa para se levar em consideração, caso esteja com pressa, é que você vai precisar esperar até que haja pessoas suficientes para encher a van, o que pode demorar um pouco. Duas empresas que oferecem esse transporte são a GoAirLink e a SuperShuttle. Você pode comprar antecipadamente pelo site ou na hora. Basta procurar o balcão de transporte terrestre na área de retirada de bagagem. A viagem custará em média US$ 45 por pessoa até a região de Midtown.
Táxi
A viagem de táxi para Manhattan costuma ser mais barata do LaGuardia, que fica geograficamente mais próximo, do que no JFK. Mas há um porém: enquanto no JFK existe uma tarifa fixa para Midtown de US$ 52 (expliquei mais sobre isso aqui), no LaGuardia o que vale é o taxímetro. O valor pode partir de uns US$ 30, dependendo da distância, do trânsito e da hora do dia, sem contar os pedágios e as gorjetas que não estão incluídos. E não se preocupe em ter o valor em cash para o pagamento da corrida, pois todos os táxis aceitam cartão de crédito. Para conseguir o seu amarelinho, é simples. Os pontos de táxi ficam próximos às áreas onde você pega as bagagens, então é só sair e rapidamente você estará dentro de um deles. Só tome cuidado com os táxis clandestinos, que podem ser uma furada.
Uber
O LaGuardia também possui uma área especial para os aplicativos de transporte, como o Uber. Se você pensa em contar com essa ferramenta, lembre-se que para utilizar o serviço é preciso ter internet no celular. Você pode se conectar usando o Wi-Fi grátis do aeroporto, mas corre o risco de perder a conexão fora do terminal. O preço pode ser um impeditivo, já que os preços desses carros de aplicativos variam conforme a demanda e podem chegar a cifras absurdas em Nova York. É sempre bom ter em mente outras opções, caso o valor seja exorbitante.
Carro particular
Se transporte público não é a sua praia e você prefere a comodidade de ter um motorista à sua espera (ou está viajando com um grupo grande), contrate um serviço de carro particular. O ideal é fazer a reserva com antecedência, mas é possível contratar um veículo na hora nos “Welcome Centers”, localizados no nível de desembarque de cada terminal. Entre as empresas que prestam esse tipo de serviço estão a Carmel e a GroundLink, que oferece uma hora de tolerância em caso de atrasos na sua chegada – nunca se sabe, né? Você pode fazer uma estimativa do custo da viagem antes de solicitá-la, para evitar surpresas.
Outra maneira de garantir seu carro é contratando um motorista particular. Nesse caso, confio sempre no Tito (veja o Instagram dele aqui) que, além de ser brasileiro (ótimo para quem não quer arriscar no inglês), tem um apelo e tanto: corridas privadas a preço de Uber Comfort. O valor é estimulado na hora que você fizer a reserva. Basta contatá-lo com antecedência, passar o número do seu voo e ele vai esperar por você no aeroporto. Outra vantagem: ele não cobra adicional em casos de atraso, o que dá sempre uma certa tranquilidade.
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Fonte: Viagem e Turismo