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Leia mais (05/30/2018 – 13h47)

Grupos armados da Faixa de Gaza anunciam acordo de cessar-fogo, mas Israel nega

Israel lançou dezenas de ataques contra o Hamas na última noite em represália a foguetes disparados de Gaza. Escalada desta terça foi confronto mais grave desde a guerra de 2014. Chamas de foguetes disparados por militantes palestinos são vistas sobre a Faixa de Gaza na madrugada desta quarta-feira (30)
Adel Hana/AP Photo
A Jihad Islâmica e o Hamas anunciaram um cessar-fogo entre os movimentos palestinos e Israel, supervisionado pelo Egito. Israel negou a existência de tal acordo, no entanto disse que não atacaria mais a Faixa de Gaza se foguetes não fossem lançados em direção ao seu território.
A Faixa de Gaza, cercada por Israel, Egito e o Mediterrâneo, e as zonas fronteiriças israelenses registraram nesta terça-feira o confronto mais grave entre as forças do Estado hebreu e os grupos armados palestinos desde a guerra de 2014.
Israel atacou com sua aviação e sua artilharia 25 novas posições militares do Hamas, que controla a Faixa de Gaza, e da Jihad Islâmica na última noite, em represália ao disparo de uma série de morteiros lançados na véspera. Os alvos foram infraestruturas militares vinculados ao Hamas, incluindo fábricas de foguetes e refúgios de drones.
Fumaças são vistas na Faixa de Gaza após ataques israelenses na madrugada desta quarta-feira (30)
Adel Hana/AP Photo
Os bombardeios israelenses paralisaram a Faixa de Gaza, ao menos provisoriamente, de acordo com a agência France Presse. O exército não fez nenhuma advertência de projétil lançado a partir de Gaza nas últimas horas.
Israel já protagonizou três guerras na Faixa de Gaza com o Hamas, a Jihad Islâmica e outros grupos armados palestinos.
Escalada
Os braços armados do Hamas e da Jihad Islâmica reivindicaram o lançamento de dezenas de projéteis contra Israel na terça-feira, em reposta, segundo os movimentos palestinos, a ataques do exército israelense contra suas posições.
Um dos ataques matou três integrantes da Jihad Islâmica no domingo.
De acordo com o exército, mais de 70 foguetes e obuses de morteiro foram lançados da Faixa de Gaza contra Israel, mas vários foram detidos pelos sistemas de defesa aérea. Três soldados israelenses ficaram levemente feridos e não houve vítimas palestinas.
A escalada de terça-feira, após semanas de violência na fronteira entre Israel e Gaza, ressuscitou o fantasma de um novo conflito no território, cenário de três guerras desde 2008.
O governo dos Estados Unidos, aliado de Israel, denunciou os disparos palestinos “contra instalações civis” e pediu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU nesta quarta-feira.
Cessar-fogo ou não
O acordo de cessar-fogo foi anunciado na terça à noite pela Jihad Islâmica. “Um acordo de cessar-fogo foi fechado com Israel para um retorno à calma”, disse em um comunicado Dawud Shihab, porta-voz do movimento islamita palestino.
Khalil al-Hayya, auxiliar do líder do Hamas na Faixa de Gaza, confirmou nesta quarta que uma trégua foi alcançada “graças a um determinado número de mediadores”. O Egito, que já foi a potência dominante em Gaza, é um dos dois únicos países árabes a manter relações com Israel, teria mediado o acordo.
Mas Yisrael Katz, ministro israelense da Inteligência, negou o acordo. “Israel não deseja que a situação se deteriore, mas quem desencadeou a violência deve encerrá-la. Israel fará pagar (o Hamas) pelos disparos contra Israel”, afirmou.
No entanto, uma fonte da Defesa de Israel disse à imprensa local que chegou-se a um entendimento de que Israel não conduziria mais ataques contra Gaza desde que foguetes parassem de ser disparados contra o seu território. Mas se os lançamentos forem retomados haveria mais represálias.
Israel e Hamas, com seus aliados, observam desde 2014 um cessar-fogo que é desafiado regularmente.
Nem Israel nem um enfraquecido e isolado Hamas teriam interesse em uma escalada. Mas diplomatas e analistas afirmam que o isolamento de Gaza pelo bloqueio israelense e egípcio, a crise econômica e a ausência de um horizonte político desestabilizam a situação.