Painel de especialistas recomenda aprovação de vacina da Moderna nos EUA

Pesquisador em laboratório manuseia equipamentos em cima da mesa

Legenda da foto,

Assim como vacina da Pfizer, a da Moderna exige duas aplicações

Um comitê de especialistas votou pela aprovação emergencial de uma segunda vacina a ser usada contra o coronavírus nos Estados Unidos, produzida pela empresa Moderna.

A agência sanitária do país, a Food and Drug Administration (FDA), provavelmente seguirá a recomendação, o que significa que a vacina Moderna poderá começar a ser aplicada nos Estados Unidos já na próxima semana.

A reunião dos especialistas, realizada nesta quinta-feira (17/12), teve placar de 20 a 0, e uma abstenção, pela aprovação emergencial. Na avaliação dos consultores, os benefícios da imunização superam os riscos.

Há uma semana, a mesma comissão aprovou a vacina da Pfizer, que foi confirmada pelo FDA no dia seguinte e já está sendo aplicada na população — em uma primeira etapa, apenas em profissionais de saúde e idosos vivendo em casas de repouso.

No início da semana, o FDA divulgou dados confirmando que a vacina da Moderna tem 94% de eficácia.

O governo americano e a empresa já acordaram a compra de 200 milhões de doses e, assim que a aprovação pelo FDA for confirmada, 6 milhões já poderiam ser entregues.

A urgência é enorme: os EUA são de longe o país com o maior número de casos e óbitos por covid-19 no mundo. No início desta semana, as mortes passaram da marca de 300 mil.

Diferenças e semelhanças entre as vacinas

A vacina Moderna precisa ser transportada a cerca de -20 °C — temperatura semelhante a um freezer normal.

Já a da Pfizer requer temperaturas próximas a -75 °C, tornando a logística de transporte muito mais difícil.

Como a vacina Pfizer, a da Moderna também requer uma segunda injeção de reforço — no caso desta, 28 dias após a primeira aplicação.

A Moderna, que tem sede em Massachusetts, planeja fabricar a maior parte das doses ali mesmo, no nordeste dos EUA.

Já a vacina da Pfizer está sendo produzida em vários países, incluindo Alemanha e Bélgica.

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Fonte: BBC