Vale do Loire: como é a hospedagem no novíssimo Les Sources de Cheverny

Apinhada de castelos da Renascença, o Vale do Loire é uma experiência estética única que desafia também o nosso senso contemporâneo de proporção, com jardins internos mais extensos do que os de Paris. Para visitar a região há pacotes turísticos clássicos, com visitas de uma hora ou duas por château. Mas para aproveitar melhor, uma ótima novidade é o Les Sources de Cheverny

Inaugurado em 2020 e localizado entre os dois mais icônicos châteaux, Chambord e Chenonceau, o hotel spa é o paraíso verde ideal pra quem sonha em conhecer a Loire mais a fundo, com mais prazer e menos pressa. Em uma parceria com a marca francesa de cosméticos Caudalie, esse cinco estrelas reúne glamour, conforto, repouso, contemplação, esporte, natureza, cultura e descobertas.

Com chalés construídos com materiais típicos, Les Sources fica em uma posição estratégica para explorar mais detidamente as vilas e a natureza local. Pra começar, é possível alugar no hotel uma bike elétrica para pedalar até o castelo mais próximo, o château de Cheverny, a 20 minutos de lá. Conhecido como o castelo do Tin Tin das histórias em quadrinhos, é o único ainda mantido e habitado pela família original. Para todos os outros, dadas as dimensões palacianas, é melhor alugar um carro (os ônibus de turismo não chegam no hotel e a vila mais próxima fica a 20 minutos de carro ou €50 de táxi). 

Os quartos se distribuem entre o château particular, em cabanas chique de madeira, em casas de pedra em um apiário, mais uma enorme suíte especial que reconstitui uma palafita sobre um lago, a “casa de pesca”. Para quem prefere a vida de château em vez da vida na natureza, um alerta: os quartos na propriedade do século 18 são bem menores. No inverno, a diária da unidade mais barata começa em €207 e, a mais cara, chega a €560.

Alguns senãos. Os tratamentos do spa da Caudalie não estão incluídos na diária e é preciso pagar até pra usar a sauna e a piscina aquecida (mas a piscina fria e o ofurô quente são livres). Nos quartos, nenhum produto da Caudalie, o que não faz sentido. E para as estadias de mais de três dias há poucas opções de refeição. Apesar de dois restaurantes, a brasserie L’Auberge tem um menu ultra enxuto, com carnes e legumes na brasa em quantidades de nouvelle cuisine e preços salgados; e o restaurante Le Favori, que possui uma estrela Michelin, cobra €400 o menu degustação. Para além dos restaurantes, não há lanches, no máximo tábuas de frios. A cesta de piquenique de vime é mais cara e instagramável do que satisfatória, com um croissant por pessoa e pouca variedade. Mas o café da manhã servido na brasserie é bem farto e prepara para um dia inteiro de passeios pelos domínios da realeza. Para os itens de piquenique, o melhor ir à feiras locais ou no grande supermercado de Chenonceau. Para as demais refeições, os vilarejos têm muitas opções, mas também é preciso ir de carro. A boa notícia é que as paisagens compensam. 

O lugar é excelente para esportistas e ociosos, acompanhados e solitários, e mesmo pra uma imersão de trabalho. O chateau do hotel faz as vezes do escritório, glamouroso com seus 4 salões de áreas comuns e mais um salão onde são servidos os chás mais cheirosos e que ainda guarda um piano de cauda antigo e vinis dos anos 1970. Outra vedete do espaço é a cave au vin do hotel, com vinhos do terroir de Cour Cheverny, onde é cultivada a rara uva Romorantin, a preferida de François I e também o vinhedo mais antigo da França (foi o único que resistiu a uma infestação geral de pragas no país). Para iniciados ou não, o percurso pelos rótulos do Loire apenas começa no bar do hotel. É possível ir a uma degustação privé há 15 minutos de lá, no Domaine des Huards, em Cour Cheverny (peça as coordenadas ao concierge).

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Isso porque nem falamos dos castelos! São centenas e os principais têm labirintos (simbólicos e vegetais) pra se deter e perder por dias. Os principais estão há cerca de 20 minutos das Sources, a exemplo de Chambord, a residência da mãe de François I. E no sentido oposto, Chenonceau, o engenhoso castelo ponte sobre o rio Cher que ficou conhecido como o château das ladies, entre as quais a poderosa Catarina de Médici; e Amboise, onde Leonardo da Vinci viveu seus últimos dias enquanto projetava Romorantin, a então nova capital da França que se perdeu com ele. Compre o guia Châteaux de la Loire, da editora Gallimard, para observar cada delírio arquitetônico em detalhes. E toda essa grandiosidade também pode ser vista de outra perspectiva: do alto, com um voo inesquecível de balão.

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Fonte: Viagem e Turismo