Parte do “novo normal” chegou ao mercado imobiliário de Miami

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Quando o assunto são imóveis de classe média/alta no sul da Flórida, a pandemia do novo coronavírus colocou o mercado imobiliário de Miami em uma situação curiosa. Casas estão vendendo com facilidade, mas a venda de apartamentos está em queda, segundo relatório da AG Real Estate Advisors.

Recentemente, o Gazeta News publicou um relatório da imobiliária Douglas Elliman no qual as vendas de imóveis de até $300 mil dólares estariam em alta.

Dessa vez, as informações foram retiradas do relatório da AG Real Estate Advisors, que aponta como estão os imóveis de classe média/alta e luxo e indica que a situação não é exatamente animadora para os donos de apartamentos.

Vendas por CEP

De acordo com o relatório, a empresa coletou dados de todas as transações realizadas no Multiple Listing Service (MLS) e detalhou por CEP, criando assim um estudo mais abrangente porque envolvem todas as transações realizadas e mostra informações de forma mais detalhada.

Um dos pontos que mais chamou a atenção foi o CEP 33134, em Coral Gables. Os números mostram que o número de unidades comercializadas nessa região sofreu uma queda de 66% em comparação com o mesmo período do ano passado. Curiosamente, o preço médio de um imóvel na região foi de pouco mais $385 mil em 2019 para $490 mil dólares em 2020.

Outro ponto interessante, nesse relatório, foi o tempo médio para vender um imóvel no CEP 33134. No mesmo período do ano passado eram necessários 165 dias para fechar o negócio, hoje bastam 139 dias para concluir a transação.

Para o sócio da AG Advisors, Marcello Agostini, na prática, isso quer dizer que o mercado está voltando ao normal. “As vendas de condos em janeiro e fevereiro de 2020 estavam muito baixas. O mercado hoje continua fraco, mas os números já estão chegando perto do que estavam no início do ano”, analisa.

Em tempos de coronavírus a venda de casas aqueceu bastante. “Com a prática de homeoffice ficando mais comum, os clientes têm buscado mais possibilidades dentro de casa. Hoje já temos clientes interessados em trabalhar enquanto estão na piscina”, afirma Agostini. Para o corretor, fazer isso da área comum de um prédio, por exemplo, pode apresentar problemas, por isso a venda de casas passou a ser objeto de desejo entre os clientes com poder aquisitivo maior.

E os registros no MLS colaboram com a análise de Agostini. Houve um aumento das vendas de casas na região de Bal Harbor, em Miami-Dade. Mais especificamente no CEP 33154 foram 35 imóveis vendidos em 2020 comparado com 27 em 2019, representando um aumento de 25%, foi a região que mais viu as vendas crescerem. Mas os proprietários precisam de mais tempo para fechar negócio, são necessários 340 dias (praticamente um ano) para concluir a venda, quando em 2019 os proprietários precisavam de 208 dias.

Além da quantidade de imóveis vendidos, os preços em Bal Harbor também aumentaram. Hoje uma casa na região custa, em média, $1.6 milhão. Em 2009, $1.2 milhão eram suficientes para fechar negócio. Um fator que provavelmente pesa na região são o número imóveis à venda, em 2019 eram 37, hoje são 23.

Em Surfside, região vizinha, a situação está bastante parecida. As vendas de casas aumentaram 18% nos primeiros 3 meses do ano, os preços subiram de $1.3 milhão em 2019 para $1.8 milhão em 2020. São necessários 315 dias para vender um imóvel em 2020. Sobre a quantidade de casas ofertadas há uma curiosidade: em 2019, foram em média 93; já em 2020, também são ofertados 93 imóveis, exatamente o mesmo número de unidades.

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Fonte: Gazeta News