Em seu gabinete, Janot depõe à PF sobre gravação de executivos da JBS

15/01/201820h16O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot recorreu a uma prerrogativa legal e prestou depoimento à Polícia Federal em seu gabinete, na PGR (Procuradoria-Geral da República), em Brasília, nesta segunda-feira (15). Ele foi ouvido no inquérito aberto para apurar trechos da conversa gravada entre executivos da JBS com referências a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal).
A prerrogativa de ser ouvido, na condição de testemunha, “em dia, hora e local previstamente ajustados” com o delegado da PF está prevista na lei complementar 75/1993, que dispõe sobre organização e estatuto do Ministério Público Federal.
Os termos do depoimento prestado ao delegado Cleyber Malta Lopes, do Ginq (Grupo de Inquéritos do STF) da direção-geral da PF, não foram tornados públicos. A Folha apurou que o depoimento foi “tranquilo” e Janot não é considerado um investigado.
Embora o Ginq seja a unidade da PF destinada a tocar inquéritos sobre autoridades com foro privilegiado, o inquérito não tramita no STF, e sim na primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal. É um dos dois, dos 273 inquéritos que tramitam no Ginq, na mesma condição.
O inquérito foi aberto a pedido do próprio Janot, na época em que a gravação de uma conversa entre o dono da empresa de carnes JBS Joesley Batista e o ex-diretor de Relações institucionais da J&F, controladora da JBS, Ricardo Saud, foi entregue à PGR pela defesa dos executivos.

Fonte: Folha de S.Paulo

Marcações: