Prisão de imigrantes ilegais na costa da Flórida cresceu 450% em outubro, dizem autoridades

Uma embarcação precária com 96 imigrantes do Haiti foi interceptada pela Guarda Costeira na manhã desta quarta-feira (19) a cerca de 20 milhas à leste do mar de Boca Raton. Homens, mulheres e crianças viajavam ha sete dias amontoados em um barco de 40 pés de comprimento na tentativa de chegar aos Estados Unidos, disseram as autoridades. O grupo teria saído de Porto Príncipe e não tinha água nem comida. Eles foram resgatados e serão deportados. 

Na costa de Key West, outro barco sobrecarregado de imigrantes, desta vez cubanos, também foi barrado tentando entrar clandestinamente no território americano na manhã de quarta. Adam Hoffner, do U.S Boarder Patrol, disse que eles estavam exaustos, não usavam sapatos, e descreveram a jornada como perigosa. Todos serão mandados de volta para Cuba.

“Nas últimas 24 horas nós respondemos a 11 desembarques de imigrantes em Florida Keys”, destacou Hoffner. De acordo com ele, a Flórida está recrutando oficiais de outros estados para ajudar na fiscalização.

Somente no mês de outubro, o número de imigrantes ilegais presos na na costa do estado aumentou 450%, segundo a Patrulha da Fronteira. Entre os haitianos interditados o número cresceu de 1.500 para mais de sete mil no último mês.

Apesar dos altos riscos da jornada pelo mar, a expectativa das autoridades é de que este número continue a aumentar. A falta de serviços humanos básicos tanto no Haiti como em Cuba, de acordo com os agentes, são principais motivos alegados pelos imigrantes para saírem dos seus países.

“Eles estão dispostos a arriscar suas vidas para vir para os Estados Unidos”, disse Hoffner. A maioria usa barcos caseiros para fazer a travessia pelo mar, sem nenhuma segurança.  No trajeto, eles enfrentam tempestades, o risco de ficarem perdidos, afogamentos e até ataques de tubarões. 

Durante a passagem do furacão Ian no último mês, ao menos 18 cubanos foram resgatados no mar após a embarcação em que eles estavam virar. Sete morreram. “As condições de mar traiçoeiras, não arrisque”, não venham, disse a autoridade.

Fonte: AcheiUSA