Supervisor de VFX Paul Franklin conta como foi criar “VENOM”

Supervisor de VFX Paul Franklin conta como foi criar “VENOM”

Como parte do lançamento em digital (já disponível desde o dia 11 de dezembro) e do combo 4K Ultra HD ™, Blu-ray e DVD, do filme VENOM, que está disponível a partir do dia 18 de dezembro, eu tive a oportunidade de conversar por telefone com supervisor de efeitos especiais (VFX Supervisor), Paul Franklin. Só para mencionar alguns de seus trabalhos, Paul foi supervisor de efeitos visuais e designer nos seguintes longas Harry Potter e a Ordem da Fênix (Harry Potter And The Order Of The Phoenix) de 2007, Harry Potter e o Enigma do Príncipe (Harry Potter And The Half Blood Prince) de 2009, A Origem (Inception) de 2010, entre outros.

Vamos conferir trechos da entrevista exclusiva:

Cortesia: Sony Pictures

Jana – Como foi estar em um proejto com uma personagem tão icônica como o VENOM?

Paul Franklin – Ao longo da minha carreira, tive a sorte de trabalhar em várias personagens icônicas e meu foco sempre é na história, pois é importante não se deixar sobrecarregar com a personagem. Mas, sempre lembro que as personagens significam muito para os fãs. Então, é importante atender às necessidades do público como um todo, e também é importante respeitar os fãs sempre que possível.

Jana – Como foi a colaboração com o diretor Ruben Fleischer?

Paul – Ruben foi ótimo! Esse filme é o primeiro ele trabalhou onde tinha muitos efeitos especiais e onde eles eram essenciais para a história. Mas Ruben sabia desde o início o tipo de filme que ele queria fazer e a história que ele queria colocar na tela grande. As referências que ele usou foram da safra atual de filmes de super-heróis, mas também inseiru os clássicos como The Thing (1982 – O Enigma de Outro Mundo, título no Brasil) de John Carpenter e An American Werewolf in Londres (1981 – Um Lobisomem Americano em Londres). Ruben apontou na direção certa e nós continuamos com a realização dos efeitos especiais.

Jana – Quais eram as expectativas de Ruben sobre os efeitos visuais?

Paul – Ruben sabia muito o que ele queria para o VENOM; ele gostaria de manter os mesmo padrões e qualidade do filmes baseados em quadrinhos que estão estreando por ai, mas também não queria que simplesmente imitássemos o que já tinha sido feito. Ele queria que VENOM tivesse uma presença única iagual dos quadrinhos.

Jana – Como foi processo de criação?

Cortesia: Sony Pictures

Paul – Ficamos um bom tempo analisando a maneira como diferentes artistas abordaram a personagem ao longo dos anos. E entendemos que cada artista tinha uma visão única de Venom e os efeitos eram usados para mostrar suas habilidades amorfas, algo que não iríamos utilizar. Mesmo assim, precisávamos honrar a intenção dos artistas e ter as características que os fãs esperavam ver em nossa interpretação.

Jana – Vocês tinham alguma referência ou indicações específicas para a animação?

Paul – Para as cenas onde Venom estava presente com os atores, tinhamos um dublê bem alto que serviu como guia de enquadramento. Pesquisamos poses nos quadrinhos, fazendo o nosso melhor para incorporá-los na animação, mas, na maior parte do tempo, foi para nossa equipe de animadores que trabalhou na linguagem corporal dentro do contexto das cenas. Venom é muito poderoso e rápido e não tinha muito que pudesse ser feito no set de filmagens.

Jana – Acredito que a face de Venom foi um desafio.

Paul – Sim! O grande desafio… embora fosse mais ou menos humano, com uma boca e olhos bem definidos, mesmo assim alguns problemas de animação apareceram. Os olhos de Venom foram desafiadores porque são enormes, cobrindo uma parte considerável superior do crânio; os olhos tinham deslizar sobre a curvatura do crânio, e a tinhamos que fazer a atuação sem parecer estranha. Outra grande desafio que tivemos que lidar era a língua lasciva e distintiva do Venom. Nos quadrinhos, a língua está sempre presente, agitando-se o tempo todo em formas expressivas de ondulação.

Jana – Como vocês criaram o efeito simbiótico nos olhos das personagens?

Cortesia: Sony Pictures

Paul – O efeito do globo ocular foi uma combinação de cuidadosa rotoscopia para isolar os olhos e ai camadas de textura animadas foram adicionadas dentro dos olhos, sem o uso de ferramentas 3D. Dependendo de qual simbionte estava sendo apresentado, as cores mudavam, por exemplo, no Riot, eram cinzentos e sem brilho.

Jana – E para finalizar, qual sequência foi mais complicada para criar?

Paul – A sequência mais complexa foi a luta entre Riot e Venom no final do filme. Uma fusão onde os dois simbiontes se fundem em um mar revolto de carne alienígena. Enquanto, eles caem e se rasgam, eles revelam os dois humanos hospedaos dentro deles que são mantidos dentro de cada simbionte.

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Fonte: Gazeta News