Um distrito escolar de Kentucky demitiu uma professora depois que um vídeo a mostrou arrastando um dos alunos de 9 anos que sofre de autismo pelos corredores da escola.
As imagens da câmera da escola foram publicadas por Angel Nelson, mãe do garoto, no último domingo, 6, que quis denunciar o caso e rapidamente gerou repercussão.
De acordo com a mãe, o filho foi arrastado pelos pulsos após ter um ataque de raiva. A professora teria explicado que fez isso para impedir que o aluno se machucasse durante a crise.
O caso aconteceu em outubro, mas a demissão só foi anunciada na última segunda-feira, 7, após a publicação do vídeo.
O Distrito Escolar do Condado de Greenup anunciou a demissão da professora na segunda-feira e abriu investigação do caso, informou a afiliada da CNN, WSAZ-TV.
“A professora foi removida da escola e uma investigação formal foi conduzida”, disse Sherry Horsely, superintendente do distrito escolar, em um comunicado à WSAZ. “O superintendente também seguiu o protocolo e relatou o incidente ao Kentucky Education Standards Board.”
De acordo com a publicação, a câmera interna da sala de aula estava virada para a parede e não captou como começou a agressão, mas as câmeras do corredor registraram o que houve fora da sala.
Nelson e sua família teriam se mudado para o distrito escolar em outubro. “Ele está tentando se adaptar e fazer amigos”, disse ela à CNN na segunda-feira.
A mãe disse que seu filho ficou frustrado depois que a professora lhe disse para continuar trabalhando, ou fazer mais trabalho, e ele queria dar um tempo. “Ele não estava machucando ninguém”, disse ela.
A professora teria então agarrado o garoto pelo pulso e o empurrou para trás. Depois, pegou o menino pelo punho e o arrastou pelo corredor “de uma sala de aula para outra”.
O menino teria dito à mãe que a professora o jogou com força na cadeira dentro da sala e o arrastou. Segundo Angel Nelson, médicos identificaram torção e fratura no pulso esquerdo da criança.
Como o filho tem problemas para se expressar, a mãe acha que pode ter havido mais coisas, mas fica difícil saber. “Nós nunca saberemos verdadeiramente o que aconteceu por trás daquela porta fechada por causa das limitações de fala do meu filho”, escreveu Nelson no Facebook. “Este incidente foi violento o suficiente para não apenas ferir meu filho, mas também destruir seus sapatos.”
Em sua página no Facebook, a mãe faz um apelo para que as escolas deem treinamento aos professores para saberem lidar com essas situações.
“Meu filho merece justiça (…). Todas as escolas devem dar mais treinamento para professores lidarem com crianças com deficiências e aprenderem o protocolo apropriado para conter e redirecionar [as ações], se necessário. Deveria haver mais leis em vigor para [proteger] qualquer criança, como meu filho que é agredido por adultos nos quais confiamos para cuidar deles. O fato de meu filho não conseguir verbalizar totalmente tudo pelo que ele passou significa que devemos lutar muito mais por todas as crianças, mas especialmente por aquelas que não podem falar por si mesmas.” – Angel Nelson, mãe do aluno autista arrastado no corredor da escola.
No mesmo dia em que seu filho foi arrastado, a mãe o levou ao médico e tirou raios X do pulso e do cóccix.
“O médico diagnosticou uma possível fratura no punho esquerdo”, disse ela, acrescentando que o filho também fez uma ressonância magnética dos pulsos.
“Ele teve uma entorse confirmada em um de seus pulsos. Nos dias seguintes, ele sofreu inchaço e contusões em torno de seu pulso”, disse.
Para a mãe, o ato causou trauma emocional no filho. Para ela, a professora o humilhou na frente de outros estudantes. “Ela o fez se sentir diferente”, disse Nelson.
Por isso, a criança precisará ter “uma terapia ocupacional mais intensa para recuperar suas habilidades que demoraram tanto para serem entendidas”. “Os professores devem parar o bullying, não cometê-los”, pensa.
Confira no vídeo o momento em que a professora sai da sala arrastando o garoto até outra sala.
Crédito:Angel Nelson.
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Fonte: Gazeta News