A construção da riqueza

Coluna Lair Ribeiro
Assim como não se constrói uma casa começando pelo telhado, mas sim…

Coluna Lair Ribeiro

Assim como não se constrói uma casa começando pelo telhado, mas sim pelo alicerce, a construção da riqueza também tem o seu alicerce.

Para se tornar próspera, uma sociedade precisa ter:

• organização social, com um sistema educacional e de saúde funcionando satisfatoriamente;
• ordem pública, com um eficiente sistema de combate às drogas e à violência;
• infra-estrutura sólida, para suportar o peso do edifício da riqueza;
• integrantes cientes do papel que desempenham e proativos, no sentido de gerar novas riquezas, • • • não só a curto, mas também a médio e a longo prazos;
• diretrizes econômicas bem-definidas, pois economizar é fundamental, tanto para indivíduos quanto • para nações que queiram gerar riquezas;
• instituições ricas, pois estas fazem um país rico.

Vivemos na era do capital intelectual e, pela primeira vez na história da humanidade, um dos homens mais ricos do mundo é proprietário apenas de conhecimento. Bill Gates, em termos absolutos, atingiu uma fortuna duas vezes maior que a de Rockefeller, vendendo apenas conhecimento.

Hoje, a moeda mudou: você é rico ou pobre em conhecimento.

É pelo conhecimento que acontecem os avanços tecnológicos, proporcionando o crescimento da economia. No entanto, o uso indiscriminado da tecnologia pode matar muito mais que o câncer. Cada posto de trabalho eliminado pela tecnologia é um consumidor a menos na sociedade. (Robôs não consomem os produtos por eles fabricados.) Drogas, prostituição, violência e terrorismo são fugas para quem foi excluído da era do conhecimento.

Lembre-se: o somatório de ótimos locais não constitui, necessariamente, uma ótima nação ou um ótimo planeta.

Por outro lado, pessoas mais habilitadas devem buscar novos paradigmas, inventando novos produtos e processos, em uma constante inovação.

O progresso econômico e a geração de riquezas estão diretamente ligados ao investimento de capital em fábricas, equipamentos, habitação e infra-estrutura. Temos de alcançar o progresso econômico em um desenvolvimento sustentável, a médio e longo prazos.

Infelizmente, estamos todos assistindo passivamente à destruição do mundo, enquanto aqueles que determinam o destino da humanidade, envolvidos no dia-a-dia, pensam apenas no curto prazo.
Temos de trocar o nosso modelo cartesiano, mecanicista e reducionista, por um modelo ecológico, no qual o ótimo global será o somatório dos ótimos locais.

Fonte: Brazilian Times