Amilcar Oliveira Cruz, o “Pimpa”, Roadie preferido dos Grandes Artistas Brasileiros. Celebrando 50 anos de carreira prof…

Camarim.
Dando suporte à todo músico profissional que trabalha em shows ou em estúdios,…

Camarim.

Dando suporte à todo músico profissional que trabalha em shows ou em estúdios, encontramos pessoas fundamentais, guerreiros que muitas vezes não são reconhecidos, pois trabalham nos bastidores. São tão fundamentais que seria impossível trabalhar sem a segurança, o suporte e o apoio dessas pessoas. Estou falando dos “Roadies”, também conhecidos como “Stage Hands” ou como “Contra-regra”.

Hoje quero prestar uma homenagem à um grande amigo, com quem trabalhei por aproximadamente 4 anos, durante a época em que fui guitarrista da Banda Terceiro Mundo, a banda de Ney Matogrosso no início de sua carreira solo. Nos reencontramos quando Pimpa esteve aqui em Boston no ano passado com o show de Caetano Veloso, com quem Pimpa tem trabalhado nos últimos 20 anos. Estivemos também juntos agora no Rio de Janeiro, aonde toquei no show “Um certo Mr. Jobim” em parceria com o Maestro Rafael Barros (amigo apresentado por Pimpa e regente da Orquestra de Solistas do Rio de Janeiro, a OSRJ).

Em suas próprias palavras, o grande Pimpa! Bem Ari, comecei com a maior escola que poderia existir, a escola do conjunto de baile. Aprendi meu ofício bem jovem, trabalhando com o conjunto “Rancho”. Logo em seguida, tive o prazer de conhecer e trabalhar com músicos e arranjadores como Jaime Alem, Lincoln Olivetti, Rocha, Elber Bedaque, Nair Cândia, Gabriel Gomes, Jorge Ribeiro, Jorjão Carvalho, Túlio Mourão, Giba, Marcelo Salazar, Sidinho Moreira e Chacal (Percussionistas), Ricardo Leão, Eduardo Souto Neto, Vavá, Igor Leite, Vítor Sérgio Toninho Vicente, Mario Jorge, Flávio Rêgo, Lucas Costa, são alguns que consigo lembrar.

Nesta época trabalhei também com cantores como Luis Antonio, Benito de Paula, Pery Ribeiro, que estavam se lançando no mercado. Tive a honra de trabalhar com Antonio Carlos Jobim e Elis Regina no show Falso Brilhante, algo muito especial em minha vida. Em 1975, o meu amigo e grande baterista Elber Bedaque me convidou para trabalhar com Ney Matogrosso, aonde fiquei por aproximadamente 5 anos. Tive a honra de trabalhar também com Roberto Carlos, Elba Ramalho, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil, Gabriel Pensador, Grupo de dança Bandaça, Carlinhos de Jesus, Marcello Callado, Azymuth, Wilson Simonal, Tim Maia, Djavan, Zé Rodrix, Wilson das Neves, João Nogueira…

Trabalhei em vários festivais de música, assim como o Free Jazz, Rock in Rio e também do incrível Monterey Festival, aonde conheci Airto Moreira e Jaco Pastorius…Lembrando que também fui o primeiro Roadie do Barão vermelho na época de Cazuza…
Trabalhei no Carnaval da Marques de Sapucaí por muitos anos. Com Jamelão, na Escola de Samba Beija Flor com meus camaradas Neguinho e Betinho do Cavaco, Gonzaguinha, Gonzagão e Dominguinhos. Quero finalizar agradecendo aos produtores João Franklin e Moema, e aos iluminadores Gabriel Farinon, Luís Lopes “Secreta” e Juarez Farinon, pelas oportunidades e pela amizade.

Amigo Ari Mendes com prazer te digo este ano de 2020 completo 50 anos trabalhando como contrarregra com muito prazer e dedicação. E farei 67 anos! Abraços Cariocas!

Amigos, o Pimpa carrega em sua vida histórias maravilhosas dos bastidores da MPB. Por isso, em breve estará lançando em breve seu livro de memórias, e possivelmente estará aqui em Boston para promovê-lo. Procurem por Amilcar Oliveira Cruz no Facebook, que ele terá prazer em responder suas mensagens.

Aguardamos sua visita ansiosamente, meu amigo!

Pimpa Roberto Carlos e Caetano Veloso.
Maestro Rafael Barros Ari Mendes Pimpa.
Ney Matogrosso Pimpa e sua filha Natacha.
Pimpa com Serginho Groisman no Altas horas.
Pimpa in action.

Fonte: Brazilian Times