Brasileira luta para levar para o Brasil filhas de irmã assassinada pelo marido no Maine

Desde dezembro de 2018, a professora de Artes Visuais, Cíntia Cordeiro vem travando uma luta…

Desde dezembro de 2018, a professora de Artes Visuais, Cíntia Cordeiro vem travando uma luta para conseguir que duas sobrinhas morem com a família no Brasil. As meninas, de 3 e 5 anos de idade são filhas de Ana Cordeiro, que foi assassinada, supostamente, pelo companheiro Rondon Athayde, em Hartford (Maine).

Cíntia disse que não possui muitos recursos e que o governo brasileiro não está ajudando. Mas o Itamaraty emitiu uma nota afirmando que está “dando total apoio aos familiares neste caso” e que o Consulado-geral em Boston (Massachusetts) enviou uma equipe para visitar as crianças, acompanhar as audiências e ajudar a professora.

Cíntia lembra que quando recebeu a notícia do assassinato, estava em uma reunião do conselho de classes. Ela estranhou o número restrito e quando atendeu, a pessoa do outro lado se identificou como Flávia, do Consulado. Neste momento, a professora sentiu um calafrio e sabia que algo errado tinha acontecido.

A pessoa disse que Ana havia sido assassinada pelo marido e pediu para que ela ficasse calma porque as crianças estavam bem. O pai foi preso e as meninas colocada sob custódia do Estado.

Na época, ela tentou ir o mais rápido possível, mas o passaporte estava vencido e não tinha Visto para entrar no país. Mas o Consulado enviou uma carta solicitando urgência no caso e em três dias, a professora já estava embarcando em um avião rumo aos Estados Unidos. A intenção era retornar com as meninas.

De acordo com Cíntia, Ana era formada em Arquitetura e escolheu os Estados Unidos para mora. Ela era cidadã desde os 23 anos de idade. No início, morou em Miami (Flórida), mas em 2013 se divorciou e conheceu Rondon Athayde, com quem teve as duas filhas.

Segundo, três meses após se relacionar com Rondon, teve a primeira filha e o marido começou a afastá-la dos amigos, obrigou-a a deixar o emprego e a convenceu a se mudar para Hartford, uma região rural com poucas cerca de mil habitantes. As filhas não iam à creche nem à escola. Nos últimos meses antes de ser assassinada, ele não trabalhava e era ela quem sustentava a casa.

De acordo com Cíntia, os pais dela venderam um imóvel no Brasil e enviaram o dinheiro para Ana comprar um terreno em Hartford, mas Rondon adquirido terras em seu nome.

Quando chegou a Haroford, a professora disse que havia gelo por toda parte, a temperatura era de 15 graus negativos e a casa estava revirada. Ela viu manchas de sangue na parede e no chão do quarto da irmã. Também havia sangue no banheiro.

Cíntia retornou ao Brasil em fevereiro e agora luta para conseguir fazer com que as sobrinhas sejam enviadas ao Brasil para morar com familiares. Este mês de setembro ela pretende retornar aos Estados Unidos e disse que o Governo norte-americano lhe deu total apoio na primeira vez. Esta será a terceira audiência para o pai das crianças perder o direito paterno, e ela poderá pedir a adoção definitiva.

Fonte: Redação – Brazilian Times.

Fonte: Brazilian Times