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5 formas de levar dinheiro em uma viagem ao exterior

Como levar dinheiro para um destino internacional? Esta é uma dúvida frequente dos viajantes que vão ao exterior, e não existe uma resposta certa para esta pergunta. Cada pessoa escolhe o modelo preferido de acordo com o estilo da viagem que irá realizar. As opções variam de cartão de crédito até conta internacional com cartão de débito, confira:

1. BANCOS DIGITAIS

Os bancos digitais passaram a atuar no Brasil há algum tempo, mas, apenas no final de 2019, duas instituições passaram a oferecer uma opção de conta internacional com cartão de débito. Desde então, esta passou a ser uma das maneiras mais vantajosas financeiramente para quem pretende levar dinheiro para o exterior, principalmente se em uma boa frequência, como pelo menos uma vez ao ano.

Os dois bancos que têm este serviço são o C6 e o BS2. Ambos não cobram para a abertura de contas nacionais, mas há algumas exigências para a abertura das internacionais. A taxa do C6 é de US$ 30 (R$ 126) para solicitação do cartão e abertura da conta. Além disso, o banco exige que toda transferência seja de no mínimo US$ 100 (R$ 420). Já o BS2 não recebe pela conta, mas é necessário uma transferência de pelo menos US$ 300 (R$ 1.260) para solicitar o cartão de débito.

Vantagens

Os dois não cobram tarifas de manutenção – o C6 apenas arrecada US$ 10 caso a conta fique um ano inativa. O valor utilizado por eles na conversão é do câmbio comercial, diferente do turismo, que é utilizado na compra de papel-moeda. 

Além disso, a taxa por compras e o IOF são bem mais baixos se comparados a outras opções de cartão. Os bancos tradicionais cobram em média 5% em cada compra, enquanto as empresas digitais ficam com cerca de 2% de cada transferência. Em relação ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a diferença é maior ainda: 6,38% contra 1,1% (o mesmo do dinheiro em espécie). 

As transações podem ser feitas através do celular a qualquer momento, com o dinheiro caindo na hora se feita em dias úteis, das 9h às 18h (horário de Brasília ou do país de destino do dinheiro). 

Desvantagens

Apesar de prometerem expandir as opções de câmbio no futuro, atualmente estes bancos trabalham apenas com o dólar. Outra desvantagem é que existe um limite máximo a ser transferido anualmente, que é de US$ 10.000 no C6 e de US$ 20.000 no BS2.

Porém, os valores podem ser revistos mediante contato com o banco. Por fim, para cada saque é cobrada uma taxa fixa de US$ 5 (R$ 21), que será somada com outras taxas cobradas dependendo do caixa eletrônico.

2. TRANSFERWISE

Diferente dos bancos digitais acima, o TransferWise é apenas uma maneira de mandar dinheiro para o exterior com taxas reduzidas. O valor transferido deve cair na conta de destino em um a três dias e a operação só pode ser realizada entres pessoas físicas.

Vantagens

A taxa para cada transferência é de 1,5% a 2%. O IOF cobrado é de 1,1% caso o dinheiro seja enviado para a mesma pessoa. Caso a quantia seja endereçada para outra titularidade, a taxa cai para 0,38%. Todos estes valores são bastante inferiores aos cobrados nos cartões de crédito e pré-pago. Além disso, o Transferwise trabalha com mais de 40 moedas diferentes.

Desvantagens

Não é bem uma desvantagem, mas sim uma ressalva que deve ser feita. O requisito para usar o TransferWise é ter uma conta no país de destino, já que o dinheiro chegará através dela. 

3. CARTÃO DE CRÉDITO

O cartão de crédito pode ser o que você já possui. Só é necessário conferir com o banco se ele possui a função internacional e desbloqueá-la. 

Vantagens

Esta opção pode não ser a melhor financeiramente, mas serve para qualquer emergência e trazer alguns benefícios. Passagens aéreas gratuitas, acesso a salas VIP e descontos em hotéis e restaurantes são algumas das vantagens concedidas a partir do uso de determinados cartões de crédito. Vale sempre conferir com o banco quais destes estão disponíveis no plano do seu cartão.

Desvantagens

As taxas cobradas para a utilização deste tipo de cartão são altas. São cobrados 6,38% de IOF e em média 5% sobre o valor de cada compra (a porcentagem varia entre os bancos). Além disso, existe o risco da pessoa acabar pagando mais do que esperava no final do mês, já que a cotação que será considerada é a do dia do fechamento da fatura, e não a do dia da compra. Mas em 1° de março isso vai mudar: o Banco Central estabeleceu que a partir dessa data a cotação considerada será sempre a do dia em que o cartão foi utilizado.

4. CARTÃO PRÉ-PAGO

O cartão pré-pago pode ser adquirido em casas de câmbio e bancos e abastecido com a quantidade que o viajante quiser. A cotação utilizada é do câmbio de turismo e o IOF incidente é de 6,38%. 

Vantagens

Este tipo de cartão pode ser abastecido ao longo de um período de tempo, aproveitando os períodos de baixa da moeda que virá a ser utilizada na viagem.

Com este modelo, também há como controlar os gastos: afinal, você não terá como gastar mais do que colocou no cartão. As opções de moedas variam de uma operadora para outra, mas todas trabalham com dólar, euro e libra – moedas que podem inclusive estar no cartão ao mesmo tempo, poupando diferentes transações.

Desvantagens

As recargas podem ser cobradas, mas o valor das tarifas depende do banco autorizado. Saques e inatividade também debitam da conta e os valores variam de acordo com a operadora e, no primeiro caso, o país. O ideal é procurar o fornecedor do cartão e descobrir as tarifas específicas do seu cartão.

5. DINHEIRO EM ESPÉCIE

O papel-moeda, popular dinheiro vivo, é mais uma opção. Se for a um país de moeda não tão conhecida, o mais indicado é pesquisar se vale trocar a quantia no Brasil ou no próprio destino (com base no dólar e usando a moeda americana).

Pessoa na casa de câmbio Pessoa trocando dólar de Singapura na casa de câmbio

Pessoa trocando dólar de Singapura na casa de câmbio (GettyImages/Reprodução)

Vantagens

Na transação para trocar real por alguma outra moeda, o IOF a ser pago é de 1,1%, muito menor do que a mesma taxa cobrada pelos cartões de crédito e pré-pago. Um fator positivo é a possibilidade de trocá-lo a qualquer momento, podendo aproveitar os momentos de baixa da moeda estrangeira, mesmo que muito antes de realmente viajar. Também é possível guardar quantias de uma viagem para a outra sem que ele perca o valor.

Desvantagens:

A quantia a ser adquirida levará em consideração o câmbio comercial, o que configura a maior desvantagem do papel-moeda. Além disso, o dinheiro em espécie tem as já conhecidas ressalvas de segurança: é preciso redobrar a atenção ao andar com quantias altas.

Fonte: Viagem e Turismo