Um dos traficantes mais procurados do Brasil foi preso em São Paulo

Proprietário de várias casas de alto padrão em Arujá e de um sítio em Santa Isabel, na Região Metropolitana de São Paulo, o traficante Anderson Lacerda Pereira, conhecido como Gordão, se hospedava em diferentes motéis para se esconder da polícia. Apesar das precauções, ele foi preso na segunda-feira (5), em um restaurante de Poá.

Procurado pela polícia havia mais de cinco anos, o criminoso tinha o nome na Interpol desde 2020 e é acusado de enviar cocaína para países da Europa e de fraudar compras públicas na área da saúde na Grande São Paulo.

Ele ficou conhecido no mundo do crime em 2014, quando intermediou uma venda de cocaína entre Marcola, chefe do PCC, facção que atua de dentro e fora dos presídios no país, e uma temida máfia italiana.

Na cidade de Santa Isabel fica o sítio Guamuchilito que, segundo a polícia, pertence ao traficante. O nome da propriedade é o mesmo da cidade onde nasceu o traficante mexicano Amado Carrilo Fuentes, conhecido como senhor dos céus por ter uma frota de aviões para transportar droga. Ele morreu em 1997 aos 41 anos.

Na propriedade, Anderson Lacerda Pereira criava animais como macacos, araras e jacarés. O sítio lembra a fazenda que Pablo Escobar, um dos narcotraficantes mais conhecidos do mundo, tinha na Colômbia. Escobar morreu em 1993 aos 44 anos. No local, ele tinha hipopótamos, camelos e até elefante.

Investigações da polícia apontam que Anderson ficou milionário com a venda de drogas e comprou dezenas de casas e mansões em nome de outras pessoas.

Pelo menos duas das casas tinham bunkers, salas onde ele e os comparsas podiam se esconder. Em um imóvel que estava em construção, a polícia encontrou não só um bunker, mas um túnel no subsolo. Com 50 metros de comprimento, o túnel serviria como rota de fuga e terminava do lado de fora do condomínio, em uma área de mata.

Gordão também abriu clínicas médicas e odontológicas, a maioria em nome de laranjas. De acordo com a polícia, elas eram usadas para lavar dinheiro do crime, conseguir medicamento seguindo a lei, mas para usar na produção de cocaína e socorrer criminosos feridos sem obrigação de avisar a polícia. (Com informações do G1)

Fonte: AcheiUSA