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Brasileira está sendo julgada na Flórida por abandono de bebê em caixote de lixo

Uma mulher brasileira que permanece ilegal no estado da Flórida enfrenta a justiça por ter abandonado a filha recém-nascida num caixote de lixo, na cidade de Palm Beach, em maio, tendo confessado o crime aos detetives.

Resultado de imagem para Rafaelle Sousa floridaRafaelle Sousa, de 35 anos, foi detida em 9 de maio e está em prisão preventiva, depois de ter sido confrontada pela polícia e ter confessado aos detetives do condado de Palm Beach que colocou a bebê num caixote de lixo, alegadamente sem saber do direito de permanecer em silêncio. Os advogados da brasileira contestaram em tribunal com uma moção, na segunda-feira, que a confissão devia ser descartada, porque a mulher não foi informada do direito de permanecer em silêncio, e de que as suas afirmações podiam ser usadas contra ela pela justiça, conhecido como os direitos de Miranda.

O juiz ainda não proferiu uma decisão sobre a moção para remover a confissão da suspeita e a próxima audiência ficou marcada para 3 de fevereiro. A bebê foi encontrada por duas pessoas que ouviram o choro da criança, que ficou sob custódia do Departamento das Crianças e Famílias do estado da Flórida. O crime ocorreu em Boca Raton, uma cidade da Flórida e deu lugar a acusações em tribunal de tentativa de homicídio e maus tratos à filha. Segundo relatos de órgãos de comunicação social do estado, a brasileira tem dificuldades com a língua inglesa e, em maio, foi interpelada por vários detetives e falou em português com um detetive, que não a teria informado do direito de permanecer em silêncio.

Atualmente, nas sessões de tribunal, a mulher é acompanhada por um intérprete português. Segundo a autoridade da Imigração e Alfândega, citada pela Associated Press, a mulher permanece ilegal no país e já tem um mandado de detenção para ficar em custódia da ICE e ser expulsa depois de terminado o caso em tribunal. Segundo as declarações aos detetives em maio, Rafaelle Sousa deu à luz em casa, mas não ouviu a bebê chorar e após três horas, achando que a recém-nascida estava morta, enrolou-a em sacos de plástico e colocou-a num caixote de lixo. A mulher teria tentado chegar de novo à bebê para confirmar que estava morta, mas não se aproximou porque havia pessoas ao lado do caixote.

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Os procuradores admitiram que a declaração de Miranda não foi lida na sua totalidade à suspeita, porque no momento da confissão, ela ainda não estava em custódia. Na audiência de segunda-feira, outra detetive disse que foi Rafaelle Sousa que tentou falar com os polícias que tinham aparecido no local. A acusada disse que não sabia que ainda estava em liberdade quando falava com o detetive em português. Os advogados de defesa sustentam que a brasileira proferiu as declarações porque os detetives estavam armados, tinham algemas e a tinham interceptado à porta de casa. O companheiro de Rafaelle Sousa e pai da criança terá direito de ficar com a filha e disse aos jornalistas que não sabia que a mulher estava grávida, mas que os testes de DNA provaram a paternidade.

 

Fonte: Brazilian Press