Brasileiro assume culpa por roubos em caixas eletrônicos em MA

Foto7 Alexandre Kawamura Brasileiro assume culpa por roubos em caixas eletrônicos em MA
Alexandre Kawamura instalou os aparelhos de clonagem e câmeras portáteis em ATMs nas filiais do Eastern Bank nas cidades de Saugus, Stoneham, Medford e Everett (MA)

Alexandre Kawamura entrou nos EUA com visto de turista e será deportado depois de cumprir a pena, informaram as autoridades

Na segunda-feira (11), Alexandre Kawamura, de 43 anos, assumiu no tribunal a culpa de ter roubado vários caixas eletrônicos (ATM) em diversas cidades ao norte de Boston (MA). O réu enfrentava duas acusações de ter usado um equipamento leitor das tarjas magnéticas de cartões, quatro acusações de utilizar um aparelho de clonagem de cartões e duas acusações de roubo de identidade. O juiz da Corte Distrital dos EUA, Leo T. Sorokin, agendou a leitura da sentença para 17 de abril desse ano. Alexandre, que entrou nos EUA com visto de turista, será deportado depois de ter cumprido a sentença. As informações são da Procuradoria Pública Distrital de Massachusetts.

Kawamura instalou os aparelhos de clonagem e câmeras portáteis em caixas eletrônicos nas filiais do Eastern Bank nas cidades de Saugus, Stoneham, Medford e Everett todos os dias entre 25 de fevereiro e 16 de março de 2018, quando foi preso. O propósito do esquema era gravar as informações bancárias contidas na tarja magnética dos cartões de clientes do banco e a câmera gravar o momento em que eles digitavam as senhas.

Em 8 de março de 2018, Alexandre portava um cartão clonado que tinha as informações de uma mulher moradora em Milton. Num caixa eletrônico em Malden, o brasileiro utilizou o cartão clonado e a senha para sacar US$ 500 da conta da vítima. Em 16 de março de 2018, o brasileiro utilizou um cartão clonado para comprar mercadorias numa loja de esportes em Medford. O nome no cartão era falso e a tarja magnética continha os dados, roubados no dia anterior, da conta bancária de um homem residente na mesma cidade.

Kawamura foi preso em 16 de março, depois que o funcionário do banco contatou a polícia e denunciou ter encontrado os aparatos de gravação num ATM em Stoneham. Os policiais chegaram ao local e encontraram a câmera ainda instalada. Eles monitoraram o local e esperaram que o ladrão retornasse ao local para pegar a câmera. Pouco antes das 11 horas da noite, o brasileiro chegou de carro alugado ao local. Ele pareceu procurar pelos aparatos e foi embora. Os agentes do Departamento de Polícia de Stoneham pararam o veículo e descobriram no interior o passaporte brasileiro com o nome verdadeiro do suspeito e que ele havia alugado o veículo usando outro nome. Ele portava o cartão clonado que tinha usado para comprar mercadorias na loja de esportes.

A acusação por clonagem de cartões pode resultar em pena de até 10 anos de detenção, 3 anos de liberdade condicional e multa de até US$ 250 mil. A posse de equipamento de clonagem de cartões pode resultar em até 15 anos de prisão, 3 anos de liberdade condicional e multa de US$ 250 mil. Já o roubo de identidade com agravantes pode resultar em 2 anos de prisão, que pode ser cumpridos com outra condenação, 1 ano de liberdade condicional e multa de até US$ 250 mil. As sentenças são determinadas tendo como base as Diretrizes de Sentenças nos EUA e outros fatores estatutários.

O Promotor Público Andrew E. Lelling e Joseph R. Bonavolonta, agente especial do FBI na jurisdição de Boston, informaram o caso. A Promotora Pública Christine Wichers, da Unidade de Combate a Crimes Graves, é responsável pelo caso.

Fonte: Brazilian Voice