O agente que atirou e matou uma mulher durante a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, sede do Congresso americano, foi afastado nesta quinta-feira (7), segundo um comunicado da equipe de segurança da instituição. O caso ainda é investigado.
“Seguindo a política da Polícia do Capitólio, o funcionário foi colocado em licença administrativa e sua autoridade foi suspensa enquanto aguardamos o resultado de uma investigação”, disse Steven Sund, chefe da segurança do Congresso americano. O agente afastado é investigado por balear Ashli Babbit, apoiadora de Trump que tentava forçar sua entrada no plenário, onde alguns membros do Congresso permaneciam abrigados. Ela foi atendida no hospital, mas não resistiu aos ferimentos.
Ao menos quatro pessoas morreram durante os enfrentamentos da última quarta-feira (6), segundo o Departamento da Polícia Metropolitana de Washington. Quatorze policiais ficaram feridos. Apoiadores de Trump, que não aceitam o resultado das eleições de novembro, interromperam a sessão que certificava a vitória de Jon Biden nas eleições presidenciais. Deputados e senadores foram retirados do prédio pouco antes da invasão.
Por causa dos confrontos, a prefeita de Washington, Muriel Bowser, declarou toque de recolher na cidade a partir das 18h (locais, 20h de Brasília). A medida ficou em vigor por 12 horas. A prefeitura também fechou os centros de testagem para a Covid-19. O governador de Virginia, Ralph Northam, declarou estado de emergência e também estabeleceu um toque de recolher a partir das 18 horas nas regiões de Arlington e Alexandria, que ficam nas proximidades de Washington DC.
Trump é suspenso das redes sociais
As contas do Facebook e Instagram do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram bloqueadas por tempo indeterminado. O anúncio foi feito pelo presidente-executivo da rede social, Mark Zuckerberg, em um post. A posse do presidente eleito Joe Biden será no dia 20 de janeiro e, segundo a publicação de Zuckerberg, Trump ficará impedido de fazer publicações pelo menos até essa data.
“Acreditamos que os riscos de permitir que o Presidente continue usando os nossos serviços durante esse período são simplesmente muito grandes”, escreveu Zuckerberg. “Portanto, estamos estendendo indefinidamente o bloqueio que tínhamos imposto nas contas do Facebook e Instagram, e por pelo menos as duas próximas duas semanas, até que a transição pacífica de poder seja completa”, continuou.
Bloqueio estendido
Na noite da última quarta-feira (6), redes sociais bloquearam a conta de Trump. Inicialmente, a restrição no Facebook e Instagram valeria por 24h. A decisão aconteceu após apoiadores do presidente invadirem o Congresso durante reunião que validaria vitória de Biden nas eleições. A sessão foi retomada na madrugada de quinta (7) e ratificou a contagem dos votos no Colégio Eleitoral. O Facebook disse que o presidente violou duas de suas regras, e derrubou vídeo postado por ele durante a invasão, por conta de “risco de violência”. Nele, o presidente pedia que os manifestantes voltassem para casa, mas continuava a alegar, sem provas, que a eleição foi ilegítima. A postagem também foi tirada do ar pelo Instagram e o YouTube, do Google. O Twitter também impôs restrições ao perfil de Trump. O presidente está impedido de postar na rede social, e só poderá voltar 12 horas após excluir 3 tuítes específicos que foram suspensos por violações das políticas da plataforma, e não podem mais ser vistos.
Medida inédita
A decisão de bloquear a conta de Trump é inédita, e a mais dura imposta pelo Facebook relacionada com a moderação do presidente americano. Em outra ocasião, em agosto de 2020, a rede social removeu um post que continha desinformação sobre Covid-19. Durante as eleições presidenciais nos EUA, a plataforma incluiu um selo em posts que declaravam fraude eleitoral ou “vitória antecipada”, sem remover os conteúdos. O Twitter chegou a bloquear uma conta de campanha de Trump por desinformação sobre Covid-19 em agosto de 2020, e limitou o alcance de tuítes que colocavam dúvidas sobre a apuração das eleições dos EUA em novembro passado. // G1.
Fonte: Brazilian Press