Os navios de cruzeiros estão banidos de navegar na costa dos Estados Unidos até 1° de outubro ou a até a pandemia de coronavírus terminar, informou o Centers for Disease Control and Prevention (CDC).
A data anterior era dia 24 de julho, logo a agência de saúde estendeu a proibição pela segunda vez.
A extensão da proibição ocorre em um momento que os números das infecções por COVID-19 no país estão aumentando. A nota do CDC explica que é impossível inspecionar todos os navios e que eles “potencializam o contágio. O escopo da pandemia é global e os veículos não passam por controle suficiente de inspeção sanitária em todos os lugares que atracam”, informa a nota do CDC.
Mas esse revés para o setor não foi exatamente uma surpresa. Dezenas de Estados registram alta de casos positivos, incluindo a Flórida, local do porto de cruzeiros turísticos mais movimentado do mundo e sede de todas as maiores empresas do setor. O departamento de saúde anunciou que foram confirmados 13.945 novos casos de COVID-19 na quinta, dia 16 de julho, o segundo maior número de casos em um dia desde o início da pandemia, em março.
Cruzeiros cancelados
As empresas como Carnival, Royal Caribbean, Norwegian, MSC, Disney Cruise e Virgin, que são membros do Cruise Lines International Association (CLIA), já haviam cancelado cruzeiros até o dia 14 de setembro. A Bahamas Paradise Cruise havia cancelado até o dia 28 de agosto.
Em Nota, a CLIA havia anunciado que continua alinhada com a regulamentação do CDC. “Estamos desenvolvendo protocolos de segurança para voltar a prestação dos serviços no mundo todo. Estamos ansiosos para voltar a operar, mas precisamos fazer isso com segurança e dentro das regras do CDC”, informa a Associação.
Cruzeiros à deriva
Desde o início da pandemia nos EUA, em meados de março, enquanto os últimos passageiros em navios desembarcaram em junho, milhares de funcionários ainda esperam oportunidade de voltar para casa. Como informou o GN em matéria especial em maio, muitos brasileiros estavam entre os funcionários que aguardavam liberação para voltarem para o Brasil.
Eles não estão sendo pagos por esse tempo dentro do navio e muitos dos países de origem desses funcionários tem algum tipo de restrição vigente, o que impossibilita o regresso. Para piorar, alguns foram contaminados pelo coronavírus a bordo. Leia mais em Brasileiros relatam drama por estarem confinados em navios de cruzeiro há mais de 2 meses na costa da Flórida
O CDC confirmou a suspeita de 99 casos em 123 navios diferentes desde março. De acordo com o Miami Herald, pelo menos 95 passageiros e funcionários morreram em 72 navios por causa da COVID-19. E, desde o dia 10 de julho, 67 navios estavam próximos de águas americanas com 14.702 funcionários a bordo. Com informações do Miami Herald.
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Fonte: Gazeta News