Desemprego nos EUA pode atingir 20%, o dobro dos registros de 2009

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Média de seguro-desemprego por estado. Foto: US Department of Labor

Os Estados Unidos registraram os números de desemprego mais altos desde a crise financeira da bolha, quando 15,3 milhões (10%) de americanos ficaram sem emprego em 2009. Até 30 de abril, 30.3 milhões de pessoas já haviam entrado com pedido de seguro em todo o país, o que representa 18.6% da força laboral dos EUA.

20% de desemprego

O presidente do Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, Kevin Hassett, acredita que o aumento de demissões deve elevar para 20% o índice de desemprego no país. “Meu palpite agora é que vai ficar bem mais que 16% (registrado em abril), talvez até 20%”, disse Hassett em entrevista à CNN sobre os dados que o governo federal deve divulgar na sexta-feira, 8. Esse é o nível mais alto da história; durante a Grande Depressão – de 1929 a 1933- foi registrado índice de 25% de desemprego.

Atualmente, quase 18 milhões de americanos já foram aprovados e estão coletando o benefício, de acordo com os números mais recentes do Departamento de Trabalho dos EUA. 

Ajuda do governo dificulta contratação

A situação dos que coletam seguro-desemprego deve piorar em julho, quando o governo poderá cortar o pagamento extra de US$ 600 por semana, por pessoa. A ajuda havia sido prometida como parte da extensão da Lei CARES. Dos US$ 2,2 trilhões aprovados para alívio econômico, parte foi destinada a aumentar os benefícios já oferecidos pelos estados, até dezembro.

Mas legisladores acreditam que a verba não será suficiente e só deve alcançar até 31 de julho. Em alguns estados uma semana antes, em 25 de julho.

Na média nacional, um trabalhador recebia cerca de US $ 378 por semana, em benefícios, antes da lei. Com a ajuda federal, o total chega a US $ 978 por semana, em média – um aumento de 159%. Ou seja, mais do que seus salários anteriores, quando empregados. Em estados como Massachussetts, Hawai e Washington State, o benefício semanal chegar a US$ 1.755, com a ajuda federal (VER GRÁFICO).

Flórida entre os que pagam menos

Mas na Flórida a situação é diferente. O estado foi classificado como um dos que demoram mais a aprovar os pedidos de seguro-desemprego, e um dos que pagam menos, segundo dados federais. Atualmente, o estado oferece ajuda por 12 semanas, assim como a Carolina do Norte – a maioria dos estados oferece benefícios entre 13 e 26 semanas.

O pagamento semanal do benefício na Flórida fica em torno de US $ 275, na frente apenas do Alabama, Arizona, Louisiana e Mississippi, que pagam ainda menos. Ainda assim, com a ajuda semanal de US$ 600 a média sobe para US$ 875 na Flórida.

Vários empresários já reclamavam da dificuldade de contratar novos trabalhadores, que coletam mais em seguro-desemprego do que as empresas de pequeno e médio porte podem oferecer em salários.

As informações são da CNBC, Reuters e Marketwatch.com.

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Fonte: Gazeta News