Em meio a impasse sobre volta às aulas, casos de Covid-19 em crianças aumentam 34% na Flórida

Em meio a um dilema inacabado entre condados e governos estadual sobre a reabertura das escolas na Flórida, existem números incontestáveis: Entre 16 e 24 de julho a quantidade de crianças de até 17 anos que apresentaram resultados positivos para a Covid-19 aumentou 34% em oito dias, segundo o Departamento de Saúde do Estado.

Também em julho Kimora “Kimmie” Lynum, de 9 anos de idade, se tornou a vítima mais jovem do cornavírus na Flórida. A família da criança disse que ela não tinha condições pré-existentes.

O número de menores hospitalizadas por causa da Covid também disparou, reduzindo ainda mais o número de UTI`s nos hospitais da região.

Ainda assim, as posições das autoridade públicas sobre se as crianças devem retornar às salas de aula neste outono ou se devem continuar aprendendo à distância continuam divergentes.

Em um evento de mídia em Clearwater nesta quarta-feira (29), o governador da Flórida Ron DeSantis e o comissário de educação do estado Richard Corcoran reiteraram a posição que assumiram há semanas: que os pais deveriam ter as opções de manter seus filhos em casa ou enviá-los de volta para salas de aula porque, dizem eles, “a aprendizagem remota não está apenas longe do ideal, é prejudicial”.

“Muitos estudantes sofrerão conseqüências acadêmicas, físicas e emocionais se não conseguirem voltar para a sala de aula. Acho que isso já aconteceu”, disse o governador Ron DeSantis.

No entanto, as escolas públicas de Miami-Dade anunciaram que as aulas serão retomadas apenas com o ensino à distância. Recomendação que foi seguida pelo superintendente de Broward, Robert Runcie.  As taxas de testes positivos da Covid-19 nos dois condados são muito altas. Miami é considerada, atualmente, o epicentro do coronavírus no Estado.

“A ciência e as evidências nos alertam que reunir centenas e milhares de jovens, professores e funcionários em espaços fechados, como edifícios escolares, é um convite para um evento sob a supervisão da COVID-19”, disse a imunologista Mona Mangat, médica em São Petersburgo. 

“Sabemos que haverá um aumento ainda maior dos casos no estado da Flórida. Isso sem tem menos da metade do número de rastreadores de contato necessários”, completou.

Fonte: AcheiUSA