Quatro policiais foram demitidos por envolvimento na morte de George Floyd, 46 anos, que foi asfixiado durante uma abordagem policial no Minnesota, no último dia 25. Vídeos gravados por testemunhas mostram um policial branco com o joelho no pescoço de Floyd, que disse que não estava conseguindo respirar. O policial se manteve nesta posição por nove minutos até o homem negro perder a consciência. Ele foi levado para o hospital onde morreu.
A polícia local disse em comunicado que Floyd morreu
“após um incidente médico durante uma interação policial”.
Para protestar contra a ação da polícia, centenas de manifestantes
foram às ruas de Minneapolis com faixas e cartazes pedindo a punição dos responsáveis.
“Eu não consigo respirar”, dizia um cartaz.
A família de Loyd
pede que os quatro policiais sejam acusados criminalmente e que cumpram pena por
homicídio. “Demitir não é o suficiente. Queremos que eles respondam por
assassinato”, disse Bridgett Floyd, irmã da vítima.
“A técnica de abordagem usada pelo policial não é permitida
e eles não são treinados para isso. Não há razão para pressionar o joelho no pescoço
de ninguém”, disse o prefeito de Minneapolis, Jacob Frey.
Entenda o caso
Na segunda-feira (25), a polícia estava respondendo a uma
chamada dizendo que um homem tentava usar cartões falsos em uma loja de
conveniência. Dois policiais localizaram o suspeito em um veículo. Segundo
eles, o homem “parecia estar intoxicado”. Eles ordenaram que saísse
do veículo, mas o homem resistiu, segundo a versão da polícia. Floyd trabalhava
como segurança em um restaurante.
“Os policiais conseguiram algemar o suspeito e notaram
que ele parecia estar sofrendo de problemas médicos”, diz o comunicado da
polícia.
No vídeo de 10 minutos filmado por uma testemunha, um
policial mantém Floyd no chão, que, a certa altura, diz: “Não me
mate”.
Testemunhas pedem ao policial que retire o joelho do pescoço
do homem, observando que ele não estava se mexendo. Alguns dizem que “seu
nariz está sangrando”, enquanto outro pede: “Saia do pescoço
dele”.
As imagens das câmeras foram enviadas para o Departamento de Execução Penal de Minnesota, que também iniciou uma investigação. O FBI também está no caso.
Fonte: AcheiUSA