FDA permite uso emergencial de medicamento para coronavírus

Medicamento experimental remdesivir. Imagem: Gilead Sciences.

O presidente Donald Trump afirmou que a Food and Drug Administration (FDA) autorizou o uso emergencial do antiviral experimental remdesivir para o tratamento de pacientes da covid-19 – um dos remédios mais promissores na luta contra a doença causada pelo coronavírus.

Em pronunciamento na sexta-feira, 1°, no Salão Oval, Trump anunciou o remédio ao lado de Daniel O’Day, executivo-chefe da farmacêutica norte-americana Gilead, fabricante do remdesivir.

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O Governo afirma que está trabalhando para que o medicamento esteja à disposição dos pacientes o quanto antes, e a empresa anunciou que doará um milhão de doses do remédio.

É o primeiro medicamento mostrado para ajudar a combater a COVID-19, que matou mais de 239.000 pessoas em todo o mundo.

Segundo a FDA, resultados preliminares de um estudo patrocinado pelo governo mostrou que o remdesivir reduziu o tempo de recuperação em 31%, ou cerca de quatro dias em média, para pacientes hospitalizados com COVID-19.

O estudo de 1.063 pacientes é o maior e mais rigoroso teste da droga e incluiu um grupo de comparação que recebeu apenas os cuidados usuais para que os efeitos do remdesivir pudessem ser rigorosamente avaliados.

A FDA não fez uma aprovação formal do medicamento. Mas a declaração de uma emergência de saúde pública por parte do Governo federal lhe permite autorizar a utilização de determinados medicamentos para combater a emergência na ausência de alternativas, mesmo quando não existem dados completos sobre sua eficácia e sua segurança. Desse modo, o remdesivir se transforma no primeiro medicamento aprovado para a covid-19.

Testes

O teste foi feito com 1.063 pacientes graves, alguns dos quais receberam remdesivir enquanto outros receberam placebo. Os tratados com remdesivir demoraram em média 11 dias para se curar enquanto os tratados com placebo demoraram em média 15 dias. O teste não mostrou uma redução significativa, entretanto, na taxa de mortalidade dos pacientes. “Ficou demonstrado que é um medicamento que pode bloquear o vírus”, disse na quarta-feira o epidemiologista Anthony Fauci, diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infeciosas. “Esse será o padrão de tratamento”.

O estudo, realizado pelo Instituto Nacional de Doenças Infecciosas (NIAID), que faz parte dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), não foi revisado por especialistas independentes e não foi publicado em uma revista científica. É bem incomum que se publiquem os resultados de um teste clínico sem que se tenha superado o processo de revisão, e muitos médicos pedem cautela.

O remdesivir, que foi desenvolvido para tratar o ebola, mas não demonstrou ser efetivo, é um dos remédios mais promissores para se transformar no tratamento padrão da covid. O medicamento detecta o genoma viral e bloqueia a proteína ARN polimerase (RdRp), que multiplica as cópias do vírus. Sem essa proteína, o coronavírus causador da doença Covid-19 não pode se replicar e a infecção fica bloqueada. Com informações da Associated Press. 

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Fonte: Gazeta News