Embaixada adia aumento do preço do visto de turismo para os EUA; valor sobe em duas semanas

A embaixada dos EUA nos Brasil mudou a data do reajuste no preço da emissão do visto de turismo americano (categoria B1/B2) para 17 de junho. A taxa, que hoje é de US$ 160 (R$ 799), passará a ser de US$ 185 (R$ 924), acréscimo de R$ 125, de acordo com a cotação atual.

Segundo o governo americano, que antes havia anunciado a data da mudança para esta terça-feira (30), o reajuste busca balancear as receitas com os custos dos atendimentos, cuja demanda “está se recuperando significativamente mais rápido do que o previsto anteriormente”.

Outras categorias também terão aumento: os documentos de trabalho temporário (categorias H, L, O, P, Q e R) passarão de US$ 190 (R$ 949) para US$ 205 (R$ 1.024), e os vistos de investidor (categoria E), de US$ 205 (R$ 1.024) para US$ 315 (R$ 1.573).

O aumento ocorre no momento em que os solicitantes enfrentam, em São Paulo, prazo de 610 diaspara a primeira emissão do visto de turista. Nos consulados americanos localizados em outras cidades, a espera é ligeiramente menor: 493 dias em Brasília, 463 dias no Rio de Janeiro e 449 dias em Recife. Quem precisa apenas renovar um documento já concedido pega uma fila menor, de cerca de 80 dias em São Paulo.

Os tempos de espera podem ser consultados no site oficial do Departamento de Estado americano.

O tempo de agendamento começou a aumentar de forma mais acentuada como efeito direto da pandemia de Covid-19, que impactou o funcionamento das missões diplomáticas. No período de restrições mais severas, os EUA deixaram de emitir autorizações de entrada não emergenciais para estrangeiros.

Apesar dos prazos atuais, a entidade afirma que esses números são dinâmicos e que muitos turistas conseguem adiantar a data das entrevistas, sem custo adicional, devido a cancelamentos de outros solicitantes e à abertura de novos horários de atendimento. Além disso, é possível pedir a antecipação da entrevista em casos emergenciais, como morte de parentes imediatos e tratamentos médicos.

Fonte: Folha de S.Paulo