Iniciada em 2021, expedição turística ao Titanic exige que visitantes assinem termo sobre ‘risco de morte’; saiba mais

Submarino que leva turistas para ver o Titanic desaparece no Atlântico

Submarino que leva turistas para ver o Titanic desaparece no Atlântico

Um submersível que levava turistas até o local onde estão os destroços do Titanic, a 3.800 metros de profundidade, desapareceu na segunda-feira (19). A Expedição Titanic, como é chamada a viagem, é coordenada pela empresa OceanGate e estreou em 2021.

O pacote individual para ver as ruínas do navio, que afundou em 1912, custa US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) e inclui o treinamento necessário para integrar a equipe. A viagem dura 10 dias, sendo os dois primeiros em um barco grande, que leva os passageiros até o local do naufrágio.

O trajeto começa na costa de Newfoundland (mapa abaixo), no Canadá, e segue por 600 km pelo Oceano Atlântico. Uma vez no local, o submersível leva cerca de oito horas para realizar o passeio completo (incluindo a volta à superfície) até os destroços, que ficam a uma profundidade de 3.800 metros.

Embarcação da Expedição Titanic tem ponto de saída no Canadá — Foto: Reprodução

A tripulação

A tripulação do submersível pode ser composta por até cinco pessoas, incluindo o piloto e outros especialistas que eventualmente integram o grupo para realizar pesquisas no local do naufrágio. Em expedições turísticas, no entanto, os tripulantes costumam ser majoritariamente turistas (ou “Especialistas de Missão”, como são chamados pela empresa).

Segundo as autoridades, cinco pessoas estavam presentes no submersível que desapareceu. Por enquanto, só há informações sobre a identidade de uma delas, Hamish Harding, cofundador e presidente da Action Aviation.

Em entrevista à rede de televisão americana CBS no início de 2023, o presidente da empresa, Stockton Rush, afirmou que os turistas que pagam pela viagem são apaixonados pela história do Titanic ou pessoas muito ricas.

Na mesma reportagem exibida pela CBS, o repórter David Pogue, que é convidado a fazer a viagem, lê os termos que precisou assinar antes de embarcar, entre eles a informação de que a viagem é feita em “um submersível experimental, que não foi aprovado nem certificado por nenhum órgão regulador e pode resultar em danos físicos, psicológicos, ou morte”. Não há informações precisas sobre os termos assinados pelos passageiros do submersível que desapareceu.

Mapa mostra a localização dos restos do Titanic. — Foto: arte/ g1

O submersível

Feito em fibra de carbono e titânio, o veículo é chamado de Titan e foi feito exclusivamente para a Ocean Gate. O espaço é mínimo, semelhante ao de um carro grande, tem uma pequena área que serve como banheiro, e é operado por um controle que se parece com um controle de videogame.

O Titan é classificado como um submersível, pois não é autônomo e depende de apoio externo para ser coordenado.

Novo vídeo do Titanic mostra detalhes do navio naufragado em alta definição

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Fonte: G1