Petrobras recorre a mutirão no WhatsApp e multa milionária para sufocar greve

Direito de imagemBBC Brasil Image caption Protesto contra o presidente da Petrobras, Pedro Parente, na rua em frente à sede da empresa, no Rio. A pichação foi apagada após poucas horas. Imagem feita de dentro da sede da petroleira por um funcionário e enviada à BBC Brasil Para evitar o alastramento de uma greve de petroleiros que poderia atingir proporções nacionais, a exemplo do que ocorreu com a paralisação dos caminhoneiros, a Petrobras criou uma força-tarefa que envolveu desde os celulares de funcionários em todo o país até o Tribunal Superior do Trabalho, em Brasília – passando pela presença de forças policiais na sede da empresa, no Rio de Janeiro.Greve dos caminhoneiros: a cronologia dos 10 dias que pararam o Brasil

Por volta das 6h da manhã da quarta-feira, 30, vídeos gravados por gerentes executivos de diferentes áreas começaram a ser divulgados em grupos de funcionários da empresa no WhatsApp – aplicativo também usado pelos grevistas como ferramenta de articulação, a exemplo do que ocorreu com os motoristas de caminhões. ‘Sociedade aceitou o próprio sufocamento para demonstrar revolta contra o sistema político’, diz filósofoSegundo relatos de empregados da companhia, os filmes teriam sido encaminhados por chefes a funcionários de confiança, que por sua vez distribuíram as imagens para grupos mais amplos, que incluem simpatizantes da greve.

Fonte: BBC