Herdade do Esporão: o maravilhoso mundo dos vinhos no Alentejo

A sala de barris de carvalho da adega: belo passeio

A sala de barris de carvalho da adega: belo passeio (Bruno Barata/Reprodução)

Mesmo que você nunca tenha ouvido falar da Herdade do Esporão, você provavelmente já ouviu falar da Herdade do Esporão. E, muito provavelmente, já provou a Herdade do Esporão também. A vinícola, cuja principal propriedade ocupa um oásis de mais de 700 hectares no coração do Alentejo interior, é a produtora de uma das marcas mais queridinhas de vinho português no Brasil: o Monte Velho (e outras tantas mais, inclusive as que levam o nome da casa).

Detalhe da mesa usada em degustações especiais, no meio da adega: uau

Detalhe da mesa usada em degustações especiais, no meio da adega: uau (Bruno Barata/Reprodução)

Nos últimos anos, o grupo, gigante que produz nada menos que 14 milhões de litros de vinhos por ano, fincou também os pés no Douro, onde produz os vinhos Murças e Assobio. Mas o seu QG de enoturismo segue no Alentejo, nos arredores de Reguengos de Monsaraz (e a menos de meia hora da encantadora vilinha de Monsaraz, dona de um castelo do século 13 e cercada de imponentes muralhas – leia mais sobre ela aqui).

Parte da adega batizada com um dos vinhos mais populares da casa: Monte Velho

Parte da adega batizada com um dos vinhos mais populares da casa: Monte Velho (Bruno Barata/Reprodução)

Visitar vinícolas e participar de degustações no Alentejo é sempre um ótimo programa, mas aqui, quase na esquina da Espanha, é melhor ainda. Isso porque há muitas maneiras de explorar a imensidão da propriedade, que data de 1267. Tem passeios de carro, de bicicleta, diferentes modalidades de visitas às caves e degustações e até uma visita ao lagar, com uma verdadeira aula sobre a produção de azeite, seguida de provas. Veja todos os detalhes aqui.

O moderno lagar de azeite da propriedade: 1,8 milhão de litros por ano!

O moderno lagar de azeite da propriedade: 1,8 milhão de litros por ano! (Bruno Barata/Reprodução)

Para ficar nas principais: as visitas diárias às caves, em grupo, com saídas (em português) sempre às 12h e às 16h, duram 1h30, passam por todas as etapas da produção e terminam com a degustação de três vinhos (€ 15 por pessoa). Quem quiser participar de uma degustação mais elaborada, chamada “prova vertical”, paga € 120 por até 8 pessoas no grupo para duas horas acompanhadas de sommeliers. Já a visita ao moderno lagar dura cerca de 1h30, com saídas às 10h, e inclui a prova de três azeites (€ 12,50 por pessoa); para provar todos os azeites da propriedade, o valor passa a ser € 25. Em qualquer uma das modalidades, recomenda-se fazer reserva.

O elegante salão do restaurante: ares nórdicos

O elegante salão do restaurante: ares nórdicos (Bruno Barata/Reprodução)

Independentemente da modalidade escolhida, o ponto alto está reservado para o restaurante.  Ali, em um ambiente com décor de ares nórdicos e vista para os vinhedos, prova-se delícias tipicamente alentejanas com toques contemporâneos que são uma surpresa do couvert à sobremesa. O menu varia a cada dia, de acordo com os ingredientes do mercado e a criatividade do chef. Mas começa sempre com um couvert onde é servido um espetacular pão rústico de fermentação natural e manteigas bem trabalhadas – pode ser, por exemplo, de leite de cabra com ervas e flor de sal, ou de banha de porco com alho frito.

A presa de porco com pezinhos de coentrada: sabores locais revisitados

A presa de porco com pezinhos de coentrada: sabores locais revisitados (Bruno Barata/Reprodução)

Cação e capuchinhas: toda a delicadeza

Cação e capuchinhas: toda a delicadeza (Bruno Barata/Reprodução)

Entre os pratos, as receitas podem ir da tartelete com várias texturas de beterraba em contraste com o iogurte de ovelha até a presa de porco grelhada com pezinhos de coentrada, um clássico alentejano revisitado. É possível compor menus degustação a partir da carta do dia. O de cinco momentos custa € 50 e o de sete, € 65. Os pratos são escolhidos pelo chef. A harmonização com os vinhos da casa saem por € 15 e € 20, respectivamente.

A deliciosa varanda: de frente para os vinhedos e o lago

A deliciosa varanda: de frente para os vinhedos e o lago (Bruno Barata/Reprodução)

O vinho de sobremesa (ou o café) ficam ainda mais saborosos na varanda, com os olhos pousados no lago, a brisa a bater no rosto e aquela preguiça deliciosa que só a vida no campo é capaz de embalar. Um conselho? Deixe-se ficar. É um alento saber que o São Lourenço do Barrocal, um dos mais fantásticos hotéis da região (e do país!) está a poucos minutos de distância.

Reserve a sua hospedagem nos arredores de Monsaraz aqui.

Fonte: Viagem e Turismo