A família quer enviar o corpo para o Brasil, onde será enterrado ao lado dos pais, em Governador Valadares
A comunidade brasileira de Newark foi surpreendida com a notícia da morte repentina do valadarense José Alves Figueiredo, o Zezinho, de 66 anos.
Zezinho chegou aos Estados Unidos no início dos anos 1980 e era muito querido por todos, principalmente pelos seus colegas de carpintaria, profissão que exerceu durante quase todo o tempo em que viveu no país. Por um curto período ele foi caminhoneiro.
Conhecido pelo senso de humor e por torcer pelo Cruzeiro, Zezinho estava ajudando um grupo de cruzeirenses a construir uma sede de confraternização, onde a turma se reuniria para ver os jogos do time de coração.
Segundo Diniz Teixeira, proprietário da Premium Contractors e patrão de Zezinho nos últimos três anos, trata-se de uma perda irreparável.
“Eu não perdi um funcionário, um encarregado… Perdi um amigo de mais de 35 anos, companheiro de trabalho e de vida. Foram muitas casas que construímos juntos, mas também foram muitos jantares, boas risadas e jogos do Cruzeiro”, lamentou.
MAL SÚBITO
Zezinho saiu para trabalhar na manhã de segunda-feira (6), mas quando passou na garagem da companhia com seus companheiros, sentiu-se mal. Pediu para ser deixado em casa, mas não melhorou.
“Ele mesmo ligou para a ambulância, deixou a porta do apartamento aberta para a entrada dos paramédicos e se sentou no sofá. Quando o dono do prédio viu a movimentação no local, subiu para averiguar e encontrou o meu irmão com a cabeça inclinada para o lado, os braços para cima e a boca aberta”, contou Januário Figueiredo, irmão de Zezinho.
Os paramédicos tentaram os procedimentos iniciais para reanimá-lo no local e seguiram com Zezinho para o hospital.
“Fui avisado e, quando cheguei ao hospital, os médicos me disseram que tentaram de tudo: respiração, massagem cardíaca, injeção, fizeram de tudo para tentar reanimá-lo, mas não conseguiram. Ele foi dado como morto às 8:45 da manhã. Foi um ataque cardíaco fulminante”, relatou o irmão.
Januário conta que Zezinho planejava voltar a viver em Governador Valadares, após se aposentar, e que sonhava adquirir uma chácara na região do Pontal para criar porcos e galinhas.
A família quer enviar o corpo para o Brasil, onde será enterrado ao lado dos pais, em Governador Valadares. Januário contou também que Zezinho esteve recentemente no Brasil, no dia 17 de fevereiro, para o funeral de sua mãe.
Fonte: Brazilian Voice