Paris: cinco passages e galerias que valem a visita

Construídas majoritariamente no século 19, as passages ou galerias de Paris eram criadas nos espaços vazios entre os demais edifícios com o objetivo de rentabilizar a área. Como elas não possuíam janelas, a maioria ganhava telhados de vidro para garantir a iluminação natural. Além disso, esses corredores costumavam ser adornados com mosaicos e outros ornamentos típicos da arquitetura haussmanniana. A capital francesa já teve 150 passagens. Restaram cerca de 16, charmosíssimas, que abrigam lojas, cafés, restaurantes e até pequenos teatros. Aqui vão cinco delas, que valem muito a visita:

Passage du Grand Cerf

passage leva esse nome por ter sido construída em 1825 no lugar que antes pertencia ao Hôtel du Grand Cerf. É uma das passagens cobertas mais altas de Paris, com quase 12 metros de pé-direito. Em seu miolo, uma estrutura de metal, ferro fundido e vidro permite a entrada de luz natural. A Passage du Grand Cerf tem muitas lojas de artesanato e boutiques de joias. Entre elas a loja dos designers de joias Eric et Lydie e a loja especializada em óculos vintage Pour Vos Beaux Yeux.

Quando? De segunda-feira a sábado, das 8h30 às 20h30.

Onde? A fachada que se vê na foto publicada no Instagram da VT é na 145, rue Saint-Denis, 2° arrondissement.

Como chegar? A estação de metrô mais próxima é a Étienne-Marcel, na Linha 4.

A fotografia colorida mostra a entrada de um prédio antigo com uma porta muito alta.
Com quase 12 metros entre o chão e o teto de vidro, a Passage du Grand Cerf é a mais alta de Paris. koronis.at/Wikimedia Commons

Galerie Véro-Dodat

O estiloso chão de mármore com losangos de 1826 faz com que a passage próxima ao Louvre pareça mais longa do que realmente é. No entanto, mesmo que ela não seja a maior galeria de Paris, sua localização e as lojas de grife fazem com que a Galerie Véro-Dodat seja uma das mais chiques da Cidade Luz. Ali há várias boutiques de móveis e decoração elegante, além do ateliê de Christian Loubotin e uma charmosa loja de bonecas vintage chamada Robert Capia.

Quando? De segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Onde? 19, Rue Jean Jacques Rousseau, 1° arrondissement.

Como chegar? As estações de metrô mais próximas são a Palais Royal e a Musée du Louvre, nas linhas 1 e 7.

A fotografia colorida mostra um corredor alto com teto de vidro triangular e chão branco e preto em losangos.
A Galerie Vero-Dodat foi restaurada em 1997, mantendo seu estilo neoclássico. Jean-François Gornet/Wikimedia Commons

Galerie Vivienne

Construída em 1823, a passage está localizada atrás da Bibliothèque Richelieu e perto do Palais-Royal. O piso de mosaicos coloridos valorizam a entrada das lojas finas de decoração, salões de chá, adegas, livrarias antigas e mais. Ali tem algumas grifonas como Gaultier, a loja de tecidos mundialmente famosa Wolff & Descourtis e a Legrand Filles et Fils, considerada uma das melhores lojas de vinho da cidade, com mais de três mil rótulos. Para os garimpeiros apaixonados por livros, a Librairie F Jousseamme vende edições antigas e raras, além de postais que têm a mesma idade da galeria.

Quando? Diariamente, das 10h às 20h.

Onde? 4 Rue des Petit-Champs, 2º arrondissement.

Como chegar? A estação de metrô mais próxima é a Bourse, na Linha 3. Porém, também é possível ir andando da Palais Royal ou da Musée du Louvre, nas linhas 1 e 7, respectivamente.

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A fotografia colorida mostra uma construção antiga, com piso de mosaico e telhado de vidro, com uma livraria de madeira que expõe vários livros e cartões.
A Galerie Vivienne é uma das mais emblemáticas de Paris por sua estética elegante, sua localização e suas lojas de marcas consagradas. David Pendery/Wikimedia Commons

Passage des Panoramas

Essa ‘artéria comercial’ de 133 metros de comprimento, que liga a rua Saint-Marc com a avenida Montmartre, é considerada a primeira passage coberta de Paris. Aqui, a estrutura da galeria mantém o charme antiquado de 1799, enquanto as vitrines das lojas refletem diversos momentos históricos da capital francesa. Ali, bons restaurantes dividem espaço com artesões e lojas para colecionadores de postais, moedas e selos. Uma parada obrigatória é no Caffè Stern, que ainda guarda os detalhes originais de 1834 do ateliê e loja do gravurista e impressor francês Henri Stern. A Tombées du Camion também pode ser uma parada interessante: a loja vende objetos colecionáveis que vão de fofos a esquisitos, como lotes de farmácias antigos, hospitais de bonecas, artigos de joalharia retrô, prensas de gráficas e outros achados. Já o Théâtre des Variétés é uma sala de teatro inaugurada em 1807 que ainda está ativa (confira os shows e peças em cartaz aqui).

Quando? Diariamente, das 6h às 0h.

Onde? 11, Boulevard de Montmartre, 9° arrondissement

Como chegar? As estações de metrô mais próximas são a Richelieu-Drouot e a Grands Boulevards, ambas nas linhas 8 e 9.

A fotografia mostra um corredor antigo com teto de vidro cercado de lojas com fachada de madeira.
A Passage des Panoramas é a mais antiga de Paris e abriga lojas e um teatro ativos há quase dois séculos. Bobo Boom/Wikimedia Commons

Passage Verdeau

Localizada no bairro de Grands Boulevards, essa passage foi construída em 1847 e é a continuação de outras duas galerias: Les Panoramas e Jouffroy. Coroada com um teto de vidro projetado para parecer espinhas de peixe, a Passage Verdeau tem uma porção de antiquários, lojas de quadros e sebos com vitrines de madeira. A Honoré des Arts é uma das notáveis galerias de arte que comercializa desde vasos de porcelana chinesa, até desenhos da Idade de Ouro holandesa e esculturas decorativas francesas da Belle-Époque. Para os artesãos, a Bonheur des Dames é uma boutique que vende conjuntos para bordados, itens para tapeçarias e outros artigos de armarinhos.

Quando? De segunda a sexta-feira, das 7h30 às 21h, e aos sábados e domingos, das 7h30 às 20h30.

Onde? 6, Rue de la Grange-Batelière, 9° arrondissement.

Como chegar? A estação de metrô mais próxima é a Grands Boulevards, nas linhas 8 e 9.

A fotografia colorida mostra uma passagem com teto de vidro cercada de lojas
A região dos Grands Boulevards pode ser percorrida dentro de passages como a Verdeau. Chabe01/Wikimedia Commons

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Fonte: Viagem e Turismo