Montagem: Associated Press.
Sara Packer, mãe de uma garota que foi estuprada, assassinada e esquartejada, confessou às autoridades que ajudou a planejar o ataque e a assassinar Grace Packer, de 14 anos, sua filha adotiva.
Contando em detalhes o crime cometido friamente por ela e seu parceiro, Packer teria dito à filha antes de sua morte: “Não posso ajudar você”.
Durante a audiência realizada na última quarta-feira, 20, parecendo sorrir às vezes, Packer contou calmamente como viu seu namorado agredir sexualmente sua filha, e depois estrangulá-la em um sótão quente nos arredores de Filadélfia.
Packer disse que Grace olhou para ela enquanto estava sendo estrangulada. Sara Packer então pegou a mão da menina e disse “está ok ir”. Minutos depois , “ela simplesmente não existia mais. Eu queria que ela fosse embora”, acrescentou a mãe.
Antes de matar a garota por estrangulamento, o casal tentou matá-la com uma overdose de remédios vendidos sem receita e sufocada pelo calor do sótão. Packer também admitiu ter ajudado a amarrar a filha com gravatas, enfiar uma mordaça na boca e deixá-la para morrer.
Mas Grace conseguiu escapar e cuspir os remédios. Infelizmente, ela não conseguiu sair da casa antes que o casal voltasse à noite – cerca de 12 horas depois – e Sullivan a estrangulou.
Friamente, o casal guardou o corpo de Grace em um saco de lixo por meses, depois o cortaram e jogaram em uma área remota onde caçadores o encontraram em outubro de 2016.
Pena de morte e prisão perpétua
O depoimento de Sara Packer aconteceu durante uma audiência de sentença para o parceiro, Jacob Sullivan, que se declarou culpado de estupro, assassinato em primeiro grau e outras ofensas pela morte de Grace. Os promotores estão buscando a pena de morte para Sullivan enquanto a defesa busca prisão perpétua.
Já Sara Packer concordou em se declarar culpada de homicídio em primeiro grau para se livrar da pena de morte e ser sentenciada à prisão perpétua.
Na quarta-feira, a mãe disse ao júri que sua filha era um problema disciplinar – uma “criança muito difícil” – e ela a queria morta. Ela admitiu que odiava Grace, compartilhou o plano do assassinato com Sullivan e ajudou a esquartejar o corpo de sua filha e a descartá-lo meses depois.
Parentes testemunharam sobre o impacto do crime na quarta-feira. “Me deixa doente saber que Grace foi abusada, torturada e literalmente jogada fora como se ela fosse um pedaço de lixo”, disse sua prima, Karie Heisserer, com quem Grace viveu por um tempo em 2015. “Grace está em um lugar melhor agora livre do mal e da dor “.
Supervisora de adoções e abusos
Sara Packer foi supervisora de adoções do condado e recebia várias crianças para cuidar temporariamente. Segundo os promotores, ela passou anos abusando física e mentalmente da garotinha que ela cuidou temporariamente e depois adotou.
Packer seu marido na época, David Packer, adotaram os irmaõs Grace e Josh em 2007. O casal cuidou de dezenas de filhos adotivos antes de David Packer ser preso por ter agredido sexualmente Grace e uma filha adotiva de 15 anos em casa em Allentown, cidade a uma hora da Filadélfia.
Depois do abuso do marido, Packer perdeu o emprego como supervisora de adoção do Condado de Northampton em 2010 e foi impedida de receber mais crianças adotivas. Mas as autoridades de bem-estar infantil não tiraram Grace de casa, apesar da evidência de abuso.
O irmão mais novo de Grace, Josh Packer, hoje com 14 anos, disse que a única maneira de suportar a perda da irmã é se os adultos conhecerem a história dela e depois agirem para evitar abuso infantil. Com informações da Associated Press.
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Fonte: Gazeta News