Michael Cohen processa Organização Trump por US$ 3.8 milhões

Na quinta-feira (7), o ex-advogado pessoal do Presidente Donald Trump, Michael Cohen, está acionando judicialmente a Organização Trump por não tê-lo reembolsado milhões de dólares referentes às despesas com defesa, multas e outros custos. Cohen, que testemunhou semana passada perante o Congresso numa audiência explosiva do Comitê Judiciário da Câmara dos Deputados alega que a Organização Trump quebrou o acordo de julho de 2017 no qual a empresa concordou em cobrir os custos do advogado enquanto ele estivesse envolvido na investigação relacionada ao trabalho dele para a companhia.

Michael quer mais de US$ 1.9 milhão de gastos com advogados, assim como US$ 1.9 milhão que foi ordenado a pagar como parte da sentença pelos crimes que ele cometeu quando trabalhava para Trump. “Todas essas quantias são referentes ao acordo de indenização da Organização Trump”, alega o processo.

A ação detalha que, após inicialmente ter pagado alguns dos honorários cobrados por Cohen, a organização parou de pagá-lo em junho de 2018, uma vez que “tornou-se claro que o Sr. Cohen iria cooperar com a investigação relacionada ao trabalho dele” em nome da companhia e Trump.

“Como resultado de a Organização ter se recusado a cumprir suas obrigações de indenização conforme o acordo, o Sr. Cohen acumulou milhões de dólares em despesas com advogados, além de valores extras não identificados. Ele continua a acumular despesas com advogados e custos relacionados à várias investigações e litígios”, continua o processo.

Em janeiro desse ano, Cohen escreveu à Organização Trump cobrando o reembolso de todos os valores altos, entretanto, não recebeu resposta alguma, segundo o processo. O porta-voz do advogado confirmou a ação judicial, mas evitou detalhar o caso.

Um advogado da Organização Trump negou que houvesse qualquer contrato entre Cohen e a companhia com relação às dívidas legais, por escrito ou oral. “Trata-se de um ato de desespero”, disse o advogado, que evitou se identificar, pois se trata de um litígio pendente.

Cohen está agendado para começar a cumprir a sentença de 3 anos de prisão em maio por ter mentido ao Congresso e fraudes financeiras. Segundo pessoas familiares ao assunto, a disputa ocorreu em junho de 2018 sobre os débitos legais de Michael; que foram pagos em parte pela Organização Trump. A desavença veio à tona quando foi divulgado que Cohen estava se afastando do grupo de advogados da Organização Trump, incluindo Ryan, que o estava representando.

A Câmara dos Deputados e Senado estão interessados nas discussões que ocorreram nos meses seguintes à batida que os agentes do FBI realizaram em abril de 2018 na casa de Cohen. O advogado alegava privadamente que uma ordem de clemência estava reservada para ele por representantes de Trump, conforme indivíduos familiarizados com o assunto, embora não tenham especificado sobre o tempo e argumentos das conversas.

Fonte: Brazilian Voice