Advogados nomeados pela juíza federal, Dana Sabraw, da Califórnia, para localizar parentes de crianças imigrantes separadas dos pais na fronteira sul dos EUA disseram que não conseguiram localizar os familiares de pelo menos de 545 crianças.
A informação foi divulgada nesta terça-feira (21), pela American Civil Liberties Union (ACLU), que comunicou também que mais de mil pais já haviam sido deportados quando o juiz ordenou a reunião das famílias.
A política de separação de pais e filhos na fronteira conhecida como “tolerância zero” foi implementada em 2018 pela administração do presidente Donald Trump. No entanto, o próprio governo reconheceu que esta medida vinha sendo realizada desde 2017 em alguns trechos da fronteira como projeto-piloto.
Porém, após uma onda de indignação nos EUA e no mundo, Trump anunciou, seis semanas depois, que suspenderia a separação das famílias.
O programa foi encerrado ainda em 2018 pela juíza, de San Diego, mas de acordo com a ACLU cerca de 2,8 mil famílias separadas permaneceram sob custódia federal.
A ACLU informou, ainda, que um grupo de voluntários procuraram pelos pais das crianças de porta em porta em países como Guatemala e Honduras. A missão foi interrompida em razão da pandemia de covid-19, mas já foi retomada, embora de forma reduzida.
“É essencial descobrir o máximo possível sobre quem foi o responsável por essa prática horrível, sem perder de vista o fato de que ainda não encontramos centenas de famílias, que permanecem separadas”, disse Lee Gelernt, do projeto de direitos de imigração da ACLU. “Há muito mais trabalho a fazer para encontrar essas famílias. Não vamos parar de procurar”, acrescentou.
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Fonte: AcheiUSA