Socorro! Como lidar com o Clubhouse?

Qual o seu favorito entre os monotemas do momento? O BBB das trevas ou Clubhouse? O meu certamente é o segundo. Pra quem ainda não foi atingido por esse raio, o Clubhouse é uma nova rede social, baseada no áudio, que o jornal britânico The Guardian definiu como “uma mistura de programa de rádio, conference call e festa virtual”.

Não tem foto (além da basiquinha do perfil), não tem vídeo, não tem textão, não tem mensagem direta E NÃO TEM LIKE. A ferramenta de comunicação é a fala, a partir de salas temáticas que qualquer um pode criar para iniciar um debate. Definindo a grosso modo, cada salinha é um podcast ao vivo e – tcharan! – interativo. Em algumas conversas, é só pedir a palavra e esperar a vez, como se você estivesse em uma reunião (civilizada) no Zoom. Em outras (em geral, nas mais interessantes), há moderadores, que vão organizando a troca de ideias e selecionando alguns oradores.

Acabei de entrar no Clubhouse e, assim como quase todo mundo, ainda estou tentando entender direito como funciona e pra que serve. Mas estou fascinada com o potencial dessa nova ferramenta. Ao não ter fotos e vídeos, também não há espaço pra tanto narcisismo ou ostentação. E ao fazer com que a gente retorne à nossa ferramenta de comunicação mais primitiva – a voz –, o Clubhouse humaniza  as relações.

Posso estar enganada, mas um debate aberto, baseado na fala e em tempo real parece ser um terreno muito menos fértil para os haters e suas agressões gratuitas. Pelo que ouvi até agora, há um conteúdo de altíssimo nível sendo compartilhado por lá, com muita gente interessante, longe da futilidade do Facebook, da agressividade do Twitter e da escravidão dos likes. Sem a preocupação com padrões estéticos e filtros, é possível que mais gente se sinta encorajada a expor ideias.

Pra quem adora viajar e falar de viagem, abre-se um espaço com um potencial incrível para compartilhar informações, trocar ideias e conhecer pessoas com interesses em comum. Só hoje, vão rolar conversas sobre os influenciadores como embaixadores do turismo; sobre roubadas de viagens; sobre desafios dos agentes de viagem; sobre autoconhecimento através das viagens; sobre experiências de quem já foi pra Índia; sobre dicas gastronômicas de viagens…

Socorro! Como lidar com tudo isso?

Por enquanto, é preciso receber um convite pra participar do Clubhouse e o app é só para Iphone. Mas, como cada novo membro pode convidar duas pessoas, a rede está se expandindo rapidamente. Enquanto você espera esse “chamado”, já dá pra fazer o cadastro e reservar o seu arroba.

Fonte: Viagem e Turismo