Faxineira brasileira é acusada de roubar US$ 72 mil de patroa em MA

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Aparecida Rodrigues Alves é acusada de fraude de identidade, furto e falsificação de cheques (Foto: NBC)
Eve Dougherty foi lesada em mais de US$ 72 mil na poupança usada para custear as universidades dos 3 filhos (Foto: NBC)
Na linha de descrição do cheque no valor de US$ 23.708, nominal a Aparecida Alves, está escrito “carro” (Foto: NBC)
Aparecida Rodrigues Alves teria sacado escondido vários cheques da conta bancária de Eve Dougherty, em Charlestown (MA)
Durante 7 anos, a norte-americana Eve (Eva) Dougherty confiou na mulher que limpava a casa dela na cidade de Charlestown (MA), pois nunca houve motivo de suspeita. “Absolutamente nada. Nem a falta de um baton”, relatou ela. Entretanto, tudo isso mudou rapidamente em outubro desse ano, quando Eve percebeu algo estranho: Um cheque em nome de Aparecida Rodrigues Alves, conhecida pelas clientes dela como “Amanda”, que ela não preencheu. O medo tomou conta depois de ver a cópia do cheque de US$ 2.450. A descoberta simplesmente levou a fatos piores.
Uma análise mais meticulosa na conta bancária da patroa revelou que o cheque de US$ 2.450 não foi o único a ser emitido. Dougherty descobriu 8 cheques preenchido em nome da faxineira  durante o período de 1 ano. “No total, mais de US$ 72 mil”, relatou ao canal de TV NBC10 Boston Investigators, pausando para se recompor. “Sim, eu quis dar um soco no rosto em mim mesma”.
Dougherty explicou que a quantia era o dinheiro que ela e o marido haviam poupado numa conta aberta no Citizens Bank para os 3 filhos, todos atualmente cursando a universidade. Como resultado, ela somente verificava o saldo quando era a época de escrever os cheques para pagar as mensalidades. “Trata-se de uma situação muitíssimo desagradável, pois demorou muito tempo para economizar aquele dinheiro”, disse Eve. “Isso é uma tremenda afronta para mim e minha família”.
Dougherty denunciou o suposto golpe ao Departamento de Polícia de Boston. Em novembro, Alves foi formalmente acusada na Corte Municipal de Charlestown de fraude de identidade, furto e falsificação de cheques. Após alegar inocência, Aparecida, residente em Malden (MA), cobriu a cabeça com uma jaqueta quando deixava o prédio do tribunal, permanecendo calada quando os repórteres do programa NBC10 Boston Investigators perguntavam A ela se algum funcionário do banco a havia questionado quando ela sacava os cheques.
Esta é uma das principais perguntas que Dougherty tem: Por que não houve alerta quando a mulher que ela pagava quase US$ 300 por mês durante anos de repente começou a sacar cheques de milhares de dólares? Um dos cheques forjados em junho é particularmente notável: US$ 23.708. Na linha de descrição está escrito “carro”. O cheque estava nominal a Aparecida Alves ao invés da típica “Amanda Alves” que Dougherty costumava escrever.
“Isso não faz sentido algum”, disse Eve. “Você pensaria que eu receberia pelo menos uma ligação telefônica”.
Quando Dougherty foi à filial do Citizens Bank para denunciar a fraude, ela ficou ainda mais surpresa devido à resposta que recebeu. “Eles basicamente me disseram que a responsabilidade deles era me enviar um extrato e que a minha responsabilidade era olhar para ele. Mais que isso, ‘sinto muito’. Eu não pude acreditar nisso! Aquilo simplesmente não parecia certo”, relatou.
Um porta-voz do Citizens Bank disse que não podia discutir casos específicos de clientes por questões de privacidade,  mas acrescentou que a instituição financeira investiu em medidas de segurança que ajudaram a diminuir o impacto causado por fraudes nos últimos anos. “Quando detectadas, as transações suspeitas são informadas aos nossos clientes”, diz o comunicado.
Dougherty detalhou que, posteriormente, descobriu que a faxineira havia tirado os envelopes com os extratos bancários da pilha de correspondências, na tentativa aparente de apagar rastros. Ele constatou que grande parte da poupança destinada ao custeamento das universidades dos filhos possa estar perdida para sempre.
“Eu acho que isso é coisa que as pessoas devem saber. As pessoas pensam que o dinheiro delas está seguro nos bancos e não está”, desabafou. “Essa é uma lição bastante cara”, concluiu.
 
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Fonte: Brazilian Voice