Trump promete enviar tropas do exército se Estados não acabarem com protestos

O Presidente Donald Trump, em discurso na Casa Branca na segunda-feira, 1°, disse que era aliado dos manifestantes que protestam de forma pacífica contra o racismo e a violência policial que culminou na morte brutal de George Floyd em Minnesota na semana passada, mas que iria dar um fim aos protestos que se espalham de forma violenta pelo país.

Do jardim da Casa Branca, Trump prometeu usar o exército se julgasse necessário. “Eu vou mobilizar todos os recursos federais, civis e militares, disponíveis para acabar com essa baderna e proteger os direitos dos cidadãos que cumprem a lei”, relatou Trump.

Enquanto Trump discursava, a polícia e a Guarda Nacional dispersava o público ao lado da Casa Branca com bombas de efeito moral e balas de borracha.

Pouco antes das 7pm, hora do toque de recolher em Washington, com manifestantes já dispersos, Trump anunciou que iria caminhar até a igreja de St. John, para prestar sua homenagem ao que considera “um lugar muito, muito especial” que foi parcialmente queimada nos protestos de domingo, 31.

O presidente caminhou segurando a Bíblia, posou para fotos e voltou para a Casa Branca. Ele não efetivamente entrou na igreja ou fez qualquer menção a religião. A responsável pela igreja, Bispa Mariann Budde, disse – em entrevista ao Washington Post – que soube da visita quando assistia TV, ao vivo, e ficou irritadíssima com o que viu.

“Sequer tiveram a decência de me ligar e avisar da visita. Muito menos que fariam isso evacuando as pessoas com gás lacrimogênio e bombas de efeito moral”, disse Buddle. Ela acrescentou, ainda, que tudo foi feito com muita violência para que Trump pudesse mostrar a Bíblia e falar de paz e amor.

Lei do Ato de Insurreição

Para acionar os militares em uma ação nos Estados Unidos, Trump precisa evocar a lei do Ato de Insurreição – lei normalmente usada em casos como de violência civil que tem acontecido na última semana, quando governadores pedem ao Presidente que envie tropas. Mas, até agora, todos os governadores tem acionado a polícia local, ninguém solicitou ajuda ao Governo Federal.

Na verdade, os governadores normalmente preferem não usar a Guarda Nacional porque eles têm poder de polícia dentro dos Estados Unidos. As tropas militares que Trump quer enviar não podem fazer isso dentro dos Estados Unidos sem violar a lei. Ao mesmo tempo, se o presidente invocar a Lei de Insurreição, os militares passam a ser permitidos a ter poder de polícia e é isso que Trump está planejando fazer.

Mas o uso dessa lei tem consequências. “Esse tipo de ato presidencial é incrivelmente sério e não deve ser tomado sem muita reflexão e medidas alternativas anteriores”, diz o Presidente do Comitê de Forças Armadas do Congresso, Adam Smith, democrata de Washington. Com informações da NBC News.

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Fonte: Gazeta News