Erin Eggers estava animada com a reforma em sua casa na cidade de Framingham (Massachusetts)….
Erin Eggers estava animada com a reforma em sua casa na cidade de Framingham (Massachusetts). “Atualmente há um banheiro em casa e eu tenho 3 filhos adolescentes”, disse. “Queríamos substituir uma sala que caía aos pedaços”, continuou.
Ela encontrou um empreiteiro que pensou que poderia transformar seus planos em realidade. “Ele se apresentou como licenciado e segurado”, afirmou. “Ele parecia muito ansioso pelo trabalho, estava animado com isso. Ele era encantador”.
Mas, semanas após o início do trabalho, o departamento de construção da cidade interditou a obra e Eggers já havia pago $ 66.000 para o empreiteiro.
De acordo com os inspetores, o homem que ela contratou, identificado como o brasileiro Vinny Santos, trabahava com o número de licença e identidade de outro empreiteiro. “Quando ele entrou, percebemos que não era a mesma pessoa retratada na licença do supervisor de construção”, disse o Comissário do Edifício Framingham e Diretor de Serviços de Inspeção, Michael Tusino.
O inspetor acredita que o brasileiro fez isso por vontade própria e que não houve engano. “Acontece que Santos nunca teve uma licença de supervisor de construção em Massachusetts, um requisito para qualquer pessoa com esse nível de trabalho. E o seu cadastro exigido para serviços de reforma foi cassado em 2019 por não pagar uma multa”, afirmou o inspetor.
OUTROS PROBLEMAS
Este não foi o primeiro problema do brasileiro. Em Waltham, Patrick Smeeding contratou Santos para reformar sua cozinha e sala de jantar no outono passado. “Ele me garantiu que em uma semana, tudo ficaria pronto”, disse o contratante. “Começou tudo muito bem”.
Depois que a maior parte de sua casa foi destruída, os problemas começaram. “Ele apresentou muitas desculpas, tais como ‘vai demorar so mais uma semana, talvez em seis horas de trabalho tudo será concluído’”, reclamou Smeeding. “Provavelmente perdi de US $25,000 a US $30.000 em dinheiro que não sei para onde foi”, continuou.
Mais uma vez, as autorizações exigidas para o trabalho estavam em nome de outro empreiteiro, um homem chamado Mark Connell.
Na cidade de Newton, o brasileiro também teve problemas semelhantes. “Ele tinha cartões de visita que diziam ‘totalmente licenciados e segurados’”, disse Matthew Orlando, uma das pessoas que abriu um processo contra Santos. “No total, demos a ele um pouco mais de US $ 200.000 para o projeto”, afirmou.
Orlando relatou que contratou Santos para construir um segundo andar em sua nova casa. “A maior parte do trabalho foi feito rapidamente, mas os inspetores da cidade disseram que Santos não fez a inspeção da obra, então tudo teve que ser refeito”, explicou. “Cada tábua que ele colocou na casa teria que ser retirada”, continuou.
Depois disso, Orlando ficou sabendo que o brasileiro mais uma vez havia usado o nome de Mark Connell para obter as licenças. “Só espero que alguém possa detê-lo antes que ele faça mais vítimas”, finalizou.
PRÓXIMAS ETAPAS
Funcionários da cidade de Framingham estão se movendo para revogar a licença de Mark Connell. O escritório do Procurador do Condado de Middlesex também investiga se o brasileiro forjou assinaturas em alguns contratos com clientes.
RESPOSTA DO BRASILEIRO
O programa 7 Investigates, do 7 News Boston, conversou com o brasileiro que citou Connell como um amigo, durante a entrevista por telefone. O brasileiro foi indagado sobre sias licenças e ele respondeu que “não era licenciado e que se passva por Mark Connell”.
A apresentadora do programa, Sam Smink, perguntou ao brasileiro se Mark “sabia que ele usava o número de registro e licença dele para todas aquelas autorizações”.
Santos respondeu que “sim e que Mark fazia isso por ele e que recebia por isso”.
Mas Mark Connell teria negado tudo em uma conversa fora do ar. “Ele disse que já trabalhou em alguns projetos com Santos, mas não em todos os que estão sendo investigados”, afirmou o apresentador.
O brasileiro afirmou que vai pagar a todos os proprietários. “Vou conseguir um emprego e devolver o dinheiro deles”, disse. Santos foi multado e citado pelo estado por não ter concluído a obra. O escritório do Procurador-Geral de Massachusetts recebeu cinco reclamações contra ele, que foi processado dez vezes por não concluir o trabalho ou não ter as autorizações adequadas para o serviço. (Com informações do 7 Investigates)
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Fonte: Brazilian Times