Brasileiro que fraudou contas da Uber e Lyft faz acordo e é condenado a três anos de prisão

O brasileiro Gustavo De Avila Moreira Farinha, o principal réu em um esquema nacional de…


O brasileiro Gustavo De Avila Moreira Farinha, o principal réu em um esquema nacional de fraude eletrônica e roubo de identidade, foi condenado na segunda-feira, dia 29 de agosto, a 34 meses de prisão.

De acordo com as informações divulgadas pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, ele é o último dos cinco réus a ser condenado.

Os registros judiciais dizem que em maio de 2021, cinco brasileiros, incluindo De Avila, foram acusados de envolvimento em um esquema nacional para estabelecer contas fraudulentas de motoristas com várias empresas de compartilhamento de viagem e entrega de alimentos baseadas na Internet e em aplicativos.

Além disso, os réus roubaram identidades dos próprios clientes dessas empresas.

No site do Departamento de Justiça diz que a comparsa e namorada de De Avila, Tatiane Pereira Arantes, foi condenada no início de agosto a mais de 2 anos e meio de prisão, enquanto Natália Magalhães Rocha, Leonardo Trulsen de Oliveira e Thassya Rebeca da Silva Alves foram condenados a 2 anos e 4 meses e meio, 2 anos e 3 meses e 2 anos, respectivamente.

Conforme estabelecido em seu acordo de confissão e documentos de sentença, De Avila admitiu que, entre 2018 e maio de 2021, ele e seus comparsas, todos brasileiros vivendo ilegalmente nos Estados Unidos, operaram um esquema para fraudar aplicativos de importantes empresas de caronas compartilhadas e de entrega de alimentos.

Na primavera de 2020, com a pandemia da COVID-19 em pleno andamento, os réus se afastaram das empresas de compartilhamento após verem uma diminuição dramática no tráfego e foram para empresas de alimentos que teve um aumento considerável.

De Avila e seus comparsas exploraram o aumento da demanda criando contas de motoristas com identidades roubadas, coletando bônus de referência das contas fraudulentas e usando, alugando e vendendo as contas para outras pessoas, incluindo quem não eram qualificados para dirigir para os aplicativos.

De Avila e seus comparsas também admitiram que, uma vez que receberam o pagamento das empresas de transporte e entrega, lavaram o dinheiro tanto para promover a conspiração quanto para ocultar o fato de que a fonte dos fundos era um esquema fraudulento elaborado.

Embora o esquema tinha como alvo serviços populares de compartilhamento de caronas e entrega de alimentos, De Avila e seus comparsas também roubaram e usaram as identidades de cerca de 100 vítimas para criar contas fraudulentas nas várias plataformas ao longo de três anos.

A sentença foi imposta pelo juiz distrital dos EUA, Gonzalo P. Curiel.

“A sentença de hoje é o passo final para alcançar a justiça em nome de dezenas de vítimas cujas identidades foram roubadas”, disse o Procurador dos EUA, Randy S. Grossman.

“Todos os cinco réus passarão pelo menos dois anos na prisão por enviar suas vítimas a uma jornada para recuperar seus bons nomes.

Estamos determinados a perseguir casos contra ladrões de identidade porque esses crimes têm um impacto devastador na vida cotidiana das pessoas”, acrescentou.

Grossman agradeceu à equipe da promotoria e aos agentes da Homeland Security Investigations (HSI) pelo excelente trabalho neste caso.

“É ótimo ver justiça nesse caso”, disse Chad A. Plantz, agente especial encarregado do HSI em San Diego, na Califórnia.

Fonte: Da redação

Fonte: Brazilian Times