Evento discute como melhorar acesso de brasileiros à saúde em New Hampshire

New Hampshire é o lar de uma população brasileira que cresce todos os dias, mas alguns…

New Hampshire é o lar de uma população brasileira que cresce todos os dias, mas alguns ativistas locais e médicos dizem que a falta de comunicação e os mal-entendidos culturais podem dificultar o acesso dessa comunidade aos cuidados de saúde.

Um treinamento realizado recentemente pela Ascentria Care Alliance, uma organização de apoio a imigrantes e refugiados locais, procurou ajudar os médicos de New Hampshire a atender melhor às necessidades de seus pacientes brasileiros.

O webinar virtual reuniu profissionais de saúde brasileiros para tirar dúvidas e oferecer conselhos sobre como melhorar a interação médico-paciente, bem como abordar as barreiras linguísticas, dedicar mais tempo para conhecer seus pacientes durante as consultas médicas e entender melhor os obstáculos que podem dificultar o acesso à assistência médica.

De acordo com o Conselho Brasileiro de New Hampshire, a maior parte da comunidade brasileira do estado está concentrada em Nashua. Todos os três apresentadores deste treinamento também vivem nesta cidade. “Muitos brasileiros temem que os médicos não os entendam”, disse Silvia Petuck, agente comunitária de saúde da Nashua Public Health & Community Services. “Precisamos de intérpretes do Brasil que entendam a língua e a cultura”, destacou.

Watila Burpee, terapeuta brasileira do Greater Nashua Mental Health Center, disse que a equipe médica geralmente assume que os brasileiros falam espanhol – quando, na verdade, falam português. “Faz uma grande diferença na hora de tentar se comunicar com seu provedor”, disse ela. “Mas os brasileiros não dizem nada porque não querem incomodar; nos sentimos mal em corrigir alguém. Mas o idioma é apenas um dos fatores que criam desconforto para os pacientes brasileiros locais”, acrescentou.

Ela disse que o status de imigração pode ser traumático, levando à solidão e à depressão “e pode ser difícil fazer com que os médicos entendam essa experiência”.

Os profissionais do treinamento disseram que os brasileiros podem procurar alguém para conversar sobre seus sentimentos, mas os médicos costumam se apressar e não ter tempo para conversar com eles sobre o dia a dia – algo que pode fazer uma grande diferença na hora de ganhar sua confiança. “Esse comportamento diminui sua autoestima e aumenta o isolamento”, disse Burpee.

O estigma em torno da saúde mental também pode ser desafiador, de acordo com Burpee, “especialmente para a população masculina”.

Ela observou que muitos brasileiros podem não querer que ninguém saiba que têm um problema de saúde mental porque têm medo de não serem mais convidados para eventos sociais.

Como os provedores explicaram durante este treinamento, socializar e estar cercado por familiares e amigos é uma alta prioridade para muitos brasileiros. Assim como demonstrar afeto: alguns brasileiros podem abraçar e beijar outros, incluindo seus médicos, como uma saudação.

Burpee disse que os provedores podem, se necessário, explicar que não se sentem à vontade com esse tipo de saudação, mas também devem estar atentos sobre como rejeitam essa interação, pois isso pode fazer com que seus pacientes se sintam incovenientes.

Mas para muitos brasileiros locais, o maior desafio é obter assistência médica em primeiro lugar. De acordo com os ativistas, muitos lutam para pagar o seguro de saúde e os altos custos médicos os impedem de retornar às consultas.

“Precisamos de cuidados acessíveis e mais serviços para pessoas de baixa renda”, disse Bruno D’Britto, fundador do Conselho Brasileiro de New Hampshire. Ele é advogado, não médico, mas disse que sua experiência de trabalho com a comunidade brasileira local lhe mostrou como lidar com questões de imigração, por exemplo, pode afetar a saúde mental de alguém. “Ser incapaz de obter uma carteira de motorista por sr indocumentado ou uma carteira profissional afeta muito uma pessoa”, disse ele. “Eles podem se sentir sobrecarregados”, acrescentou.

Petuck, o agente comunitário de saúde, disse que muitos brasileiros que vivem em New Hampshire já trabalharam e possuem experiência como advogados, psicólogos ou engenheiros, mas não conseguem encontrar trabalho nessas áreas. “Em vez disso, alguns deles trabalham na limpeza de casas ou em empregos diferentes daqueles para os quais foram treinados. Essa desconexão também pode contribuir para a depressão”, explicou ela.

Os participantes do painel concluíram que mais divulgação clínica – como campanhas médicas em outros idiomas, serviços de intérprete e treinamento – ainda são necessários em New Hampshire. De acordo com eles, o treinamento cultural é a chave para entender melhor as populações de imigrantes e servir melhor as pessoas que, de outra forma, poderiam se sentir marginalizadas. (com informações da New Hampshire Public Radio)



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Fonte: Brazilian Times