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Filhos de imigrantes têm o direito ao ensino da língua inglesa nas escolas

Ansiedade, expectativa, medo, insegurança. Esses são sentimentos comuns entre os imigrantes…

Ansiedade, expectativa, medo, insegurança. Esses são sentimentos comuns entre os imigrantes brasileiros que chegam à América. A busca por moradia e escola para os filhos estão entre as principais prioridades dos que aportam com suas famílias. E se o desafio de adquirir a nova cultura, língua e hábitos já é imenso para os adultos, imagine para os pequenos que não dominam a língua e precisam encarar um mundo denso de conhecimentos acadêmicos, só que agora em inglês. Os distritos escolares Americanos são responsáveis por fornecer para todas as crianças “internacionais” o ensino necessário do idioma inglês para que possam participar do programa acadêmico referente à sua classe/série junto à escola. Eles também precisam informar aos pais sobre estes programas de forma que eles possam entender.

Cristiane de Oliveira com os três filhos, Guilherme, Nicolas e Giovanni na parada_

A coordenadora do programa English Language Learner (ELL) – Aprendizes da Língua Inglesa, do Collegiate Charter School of Lowell (CCSL), Lowell, Massachusetts, Ellen Brady, explica que o objetivo do programa é que os alunos estrangeiros tenham proficiência em inglês de forma que possam alcançar os mesmos níveis desafiadores do conteúdo curricular e rendimento de todos os estudantes. Em seus mais de 25 anos de experiência educacional, Brady ressalta a importância do programa para os alunos e seus familiares, como sendo este um programa de igualdade de oportunidade acima de tudo. “No ato da matrícula, assim que a escola é informada que a língua nativa do estudante é diferente do inglês, um teste de proficiência é realizado. De acordo com as legislações estadual e federal, o distrito escolar é obrigado a avaliar a proficiência em língua inglesa de seus estudantes em termos de fala, escuta, leitura e escrita”, lembra.

Ellen Brady, coordenadora do programa ELL no Collegiate Charter School of Lowell (CCSL)

Cristiane de Oliveira é brasileira, mora em Lowell e é mãe de Nícolas (16), Giovanni (13) e Guilherme (11). Em setembro de 2015, recém-chegada do Brasil, ela matriculou os meninos na CCSL. Quando soube do programa aderiu imediatamente. “O ELL ajudou bastante os meus filhos a aprenderem o idioma. Por mais que tentasse ensiná-los, não somos professores, não temos o método, sozinha não conseguiria”, declara. No total, Nicolas e Giovanni ficaram cinco anos no programa, já o mais novo, Guilherme, ficou 4 anos. Todos dominam perfeitamente o idioma, inclusive optam por falar entre si em inglês, deixando o português, sua língua nativa, para as conversas com os pais. “A fluência na língua trouxe segurança para eles. Lembro que quando chegaram na escola e passaram a frequentar o programa, não se sentiam tão sozinhos porque tinham vários alunos nessa situação, ficou mais fácil de enfrentarem”.

Sarah de Melo, em tempos de Covid-90, quando o ensino ainda era presencial_

De acordo com Brady, os professores são capacitados pelo método global Sabis Network presente ativamente em mais de 20 países, nos cinco continentes, e já atendeu a milhares de estudantes pelo mundo. O método é mundialmente reconhecido pela não-discriminação de sexo, gênero, raça, cor, origem e incapacidade. No CCSL, as crianças têm aulas de 45 minutos, três vezes por semana, separadamente do grande grupo ou classe. Assim que atingem o nível desejado passam a ter assistência apenas durante os testes, na explicação dos exercícios e interpretação das provas, até finalmente atingirem a média necessária de 4.2, do total máximo da nota, 6.0.

Dos pouco mais de 1.000 alunos da escola em Lowell, 222 estão inscritos no ELL. A maioria são brasileiros seguidos de hispanos e cambórios. Um dos grandes desafios do programa, segundo a coordenadora, é o envolvimento e apoio da família. “Os pais são essenciais porque eles nos ajudam no feedback, principalmente no momento atual (de pandemia e aulas online). Eles maximizam as oportunidades de aprendizado”. A capacitação do corpo docente também é outro grande desafio citado por Brady. “Buscamos professores entusiastas, multi-sensoriais. Eles precisam fazer com que o conteúdo deles seja compreendido por todos os alunos”, ressalta. Afinal, lembra a educadora, aprender conteúdo de ciência, estudos sociais, matemática e espanhol já é desafiador, em outra língua, é ainda mais.

Luciano de Melo é pai de Sarah, do 4º ano do CCSL. Quando iniciou o 3º ano na escola, há dois anos, Sarah não sabia praticamente nada de inglês. Na primeira avaliação atingiu a nota de 1.3 (de 6.0, nota máxima) em proficiência da língua. Após 15 meses no ELL, a menina está bem perto de bater a nota minima para deixar o programa, 3.8 (mínimo necessário 4.2, média geral). “A média dos estudantes é de quatro anos no programa, embora ele seja de até 6 anos. Sarah é um exemplo de aluna e desenvolvimento”, cita a educadora. “O programa foi fundamental para o desenvolvimento da minha filha na escola e a aceitação dela a um país e cultura diferentes. Poder entender e expressar o que pensa foi libertador para ela. Hoje ela sente que faz parte do grupo. Fala, entende e escreve com desenvoltura, somos eternamente gratos ao programa e a senhora Evellin, ela fez a diferença na vida de nossa filha”, reconhece Luciano.

Sarah de Melo, no condomínio onde mora, aguardando o ônibus da escola_

Qualquer criança pode aderir ao programa disponível em todas as escolas/distritos. Durante todo o ano escolar os pais têm a oportunidade de acompanhar o progresso de seu filho em seu desenvolvimento acadêmico e aprendizagem de inglês. As escolas costumam montar um grupo de pais e realizar reuniões mensais entre eles, professores e o coordenador do programa para o auxílio do sucesso acadêmico dos filhos. De acordo com o documento “Bem-vindos aos Estados Unidos: Guia para Novos Imigrantes” (U.S. Department of Homeland Security, U.S. Citizenship and Immigration Services, Office of Citizenship, Welcome to the United States: A Guide for New Immigrants, Washington, DC, 2015), atualmente, todos os estados e o Distrito de Columbia têm leis de frequência escolar obrigatória, que determinam que todas as crianças entre certas idades devem frequentar a escola”.

Na maioria dos estados, essas leis abrangem todas as crianças entre 5 e 16 anos. Você pode mandar seu filho para uma escola pública ou particular”. As escolas públicas são gratuitas e não oferecem ensino religioso. O estado decide o que as crianças aprendem na escola pública, mas os distritos escolares locais, diretores de escolas, professores e pais decidem como ensinar.

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Fonte: Liane Cyrene

Fonte: Brazilian Times