Crescimento econômico dos EUA se avizinha do final?

Edição de janeiro/2020 – p. 44

Crescimento econômico dos EUA se avizinha do final?

Por Carlos Barbieri

Estamos vivendo o período mais longo de crescimento econômico dos EUA em toda sua história, mais de 10 anos seguidos.

Com toda turbulência política interna e as guerras comerciais, com destaque com a China, o país ainda deve crescer 2% anualmente, o que para um PIB de quase 21 trilhões de dólares, não é nada desprezível.

Quando foi feita esta pergunta a Mel Lagomasino, no evento da GlobalEconomia, sua resposta foi rápida: “Os ciclos econômicos não morrem de velhos”, morrem porque ocorreu algum tipo de catalisador, seja como for, que acaba com eles.

Na verdade, a prorrogação desde ciclo de crescimento foi obtida por novos fatores que influenciaram a economia, como reforma tributária, redução da burocracia do Estado, aumento do emprego no país, entre outros motivos.

Nesta incerteza, esta festejada pessoa, sugere uma estratégia defensiva com 3 medidas básicas:

  1. Manter uma liquidez maior do que o seu normal (lembrando que, na economia americana, investimentos na Bolsa são o seu grande ponto forte ou fraca, dependendo =do momento);
  2. Aumentar a qualidade dos investimentos;
  3. Diversificar seus investimentos.

Analisemos outros pontos para vermos o panorama para 2020.

Guerra Comercial

Como podemos ver alguns números da economia nestas guerras comerciais?

Mesmo com um deficit de mais de $800 bilhões no comércio de bens, devemos lembrar que os EUA não são mais, prioritariamente exportadores de bens, e sim de serviços financeiros, meios de comunicação, transporte e tecnologia, entre outros.

E, nesta rubrica, os EUA tiveram um superavit $243 bilhões.

A grande questão na “guerra” com a China está, do ponto de vista comercial, no respeito aos direitos autorais que os EUA tem que defender, pois, historicamente não são respeitados na China, e, a seguir, a estratégia chinesa de dominar o comércio mundial com o controle da logística, que deveria ocorrer até o ano 2025, se não tivesse havido a limitação de entrada de recursos fruto do superavit comercial com os EUA (mais de $400 bilhões ao ano até o início da “guerra”).

Há porém um limite nesta “guerra” a partir do qual faltam suprimentos a custos competitivos para a indústria e serviços locais, o que poderia encarecer os preços tanto no mercado interna, como no tocante a exportações.

Este limite, até o momento, não está claro. Por enquanto a “guerra” tem atrasado a economia da China (menos 28% de exportação) e aumento dos impostos recolhidos sobre os produtos importados ($128 bilhões até outubro).

Próximos 4 anos – Trump propõe?

  • Mais corte nos impostos;
  • Taxas de juros negativas, para estimular; investimentos e consumo;
  • Investimentos pesados em infraestrutura;
  • Concluir o trade deal com a China.

Fonte: Nossa Gente