‘Disney’ pede rejeição ao processo movido por DeSantis; alega ‘punição injusta’

A diversão continua, mas nos bastidores da “Disney” seque o embate com o governador Ron DeSantis

O embate entre Ron DeSantis e a “Disney World” segue em clima de alta tensão. Na terça-feira (16), a gigante do entretenimento pediu a um juiz estadual que rejeite ação movida pelo governador para supervisionar a empresa

Da Redação – Em mais um capítulo do embate entre Ron DeSantis e “Disney World”, na terça-feira (16), a gigante do entretenimento pediu a um juiz estadual que rejeite uma ação movida por um Conselho de Administração nomeado pelo governador para supervisionar a empresa. A “Disney” alega perseguições e “punição injusta”, desde a campanha “Don’t Say Gay”.

“Há pouco mais de um ano, a “Disney” expressou uma visão política que Ron DeSantis não gostou. Em resposta, o governador desencadeou uma campanha de retaliação, armando o poder do governo para punir a ‘Disney’ por seu discurso protegido”, disse a empresa na moção.

O processo que a “Disney” está tentando arquivar foi aberto pelo “Central Florida Tourism Oversight District” no início deste mês, em Orange County. Ele busca anular acordos que a “Disney” fez com membros anteriores do conselho formados por apoiadores da empresa, antes que os novos membros do conselho designados por DeSantis realizassem sua primeira reunião.

“Disney” e DeSantis estão em um cabo de guerra há mais de um ano, que envolveu o governador do Partido Republicano em críticas enquanto ele se prepara para lançar esperada candidatura presidencial nas próximas semanas.

A briga começou no ano passado, depois que a “Disney”, diante de uma pressão significativa, se opôs publicamente a uma lei estadual que proíbe aulas sobre orientação sexual e identidade de gênero nas séries iniciais – uma política que os críticos chamam de “Don’t Say Gay”.

Como punição, DeSantis assumiu o controle do Distrito Autônomo da “Disney World” por meio de uma legislação aprovada pelos legisladores da Flórida e nomeou um novo conselho de supervisores. Antes da entrada do novo conselho, a empresa assinou os acordos com o antigo conselho, destituindo os novos supervisores da autoridade de projeto e construção.

Em resposta, o Legislativo da Flórida, controlado pelos republicanos, aprovou uma legislação permitindo que o conselho nomeado por DeSantis revogasse os acordos da “Disney” e tornasse o sistema de monotrilho do resort do parque temático sujeito à inspeção estadual, quando antes era feito internamente.

Nova legislação

A nova legislação que revoga os acordos da “Disney” torna o processo no tribunal estadual discutível, e o litígio aberto primeiro no tribunal federal tem prioridade sobre o litígio subsequente, no tribunal estadual, se ambos os casos estiverem lidando com questões e partes semelhantes – sob a lei da Flórida, disse a “Disney”. Na moção de terça-feira (16), argumenta para que a ação estadual seja julgada improcedente.

A criação Distrito Autônomo da “Disney” pelo Legislativo da Flórida, foi fundamental para a decisão da empresa na década de 1960 de construir perto de Orlando. A empresa havia dito ao estado na época que planejava construir uma cidade futurística, que incluiria um sistema de trânsito e inovações de planejamento urbano. Portanto, precisava de autonomia para construir e decidir como usar o terreno. A cidade futurista nunca se materializou e, em vez disso, se transformou em um segundo parque temático inaugurado em 1982.

Fonte: Nossa Gente