Empresas dos EUA investem na contratação de brasileiros com nível superior  

O brasileiro com nível superior de escolaridade tem excelentes oportunidades no mercado de trabalho dos EUA

Segundo levantamento do escritório de advocacia ‘AG Immigration”, com  dados oficiais do “Departamento de Trabalho” dos EUA, cresce no país o número de contratações de brasileiros com nível superior de escolaridade. Veja as empresas que mais contratam   

Da Redação – Com a mudança do perfil do brasileiro no mercado de trabalho dos EUA, as oportunidades para profissionais com curso superior –pós-graduado –, apontam para um nível privilegiado de cidadãos, que agora ocupam posições com alta especialização em empresas americanas. Com essa vertente, a retórica de que apenas imigrantes com baixa escolaridade tinham chances de trabalhar no país, é coisa do passado. O brasileiro atingiu um patamar respeitável em áreas de comando, e deixou de ser o último na opção de escolha.

Os brasileiros que chegam aos EUA e que se apresentam no mercado de trabalho, têm um nível de escolaridade superior, com conhecimento considerável em suas áreas de atuação, preenchendo os requisitos das empresas no país. Ressaltando que as empresas que mais contratam imigrantes brasileiros com ensino superior nos EUA são: “Abbyland Foods”, “Microsoft”, “Orion Travel Technologies”, “SS Concrete Floors” e “Google.”

Segundo dados levantados pelo escritório de advocacia ‘AG Immigration”, a partir de dados oficiais do “Departamento de Trabalho” dos EUA, as referidas empresas contrataram 142 brasileiros – ou 9,9% de todas as 1.428 admissões no período. O Brasil foi o sexto país com mais cidadãos escolhidos nos EUA – perde apenas para a Índia, China, México, Coreia do Sul e Filipinas.

São priorizados profissionais formados em Administração, Ciência da Computação e Engenharia Elétrica. Os cargos mais frequentes: desenvolvedores, analistas de sistemas, diaristas e gerentes de marketing aparecem nos cargos mais frequentes.

Remuneração de brasileiros

Em média, os brasileiros contratados receberam um pagamento anual de US$ 84 mil – o equivalente a R$ 33,6 mil por mês, na cotação atual. Entre as menores remunerações apontadas pelo levantamento está a do preparador de comida nos restaurantes da “JJS of Atlanta”, por exemplo, R$ 6,9 mil mensais. Já a maior foi para um desenvolvedor de softwares contratado pela “Netflix” e graduado pela “PUC-Rio”. O salário informado foi de R$ 152 mil/mês.

Em contrapartida, ainda é grande o número de pessoas que escolhem os EUA para ocupar posições que não exigem qualificação acadêmica e, por isso, têm menores salários. O ramo da economia que mais contratou brasileiros em 2021 ainda foi o de restaurantes, cafeterias, buffets e lanchonetes, com 129 vagas preenchidas, geralmente sem necessidade de experiência prévia. São empresas como “Brazilian Grill”, “Fogo de Chão” e franqueadores do “McDonald’s.”

Mas a segunda área que mais empregou cidadãos do Brasil foi o de programação e serviços computacionais, que exige profissionais altamente especializados. Aliás, Tecnologia é o setor que mais demanda.

Em seguida, aparecem empacotadores, preparadores de comida, auxiliares de limpeza, camareiras e diaristas e gerentes de marketing. Outros cargos também chamaram atenção: brasileiros foram contratados para ocupar a posição de vice-presidente em instituições financeiras (“Goldman Sachs”, “BNP Paribas” e “Santander”). Além disso, 27 pesquisadores e professores foram admitidos em universidades americanas por meio do green card.

Curso superior

Dos 1.428 brasileiros contratados por meio das certificações laborais em 2021, a maioria (520) concluiu o bacharelado, 157 tinham mestrado e 39 possuíam o doutorado. Cerca de um terço (499) declarou não ter nenhuma formação, enquanto 139 disseram ter completado o ensino médio. O restante informou ter outros tipos de formação acadêmica.

O curso superior mais comum entre os brasileiros empregados nos EUA foi o de Administração de Empresas – graduação de 157 deles. Ciência da Computação (69), Engenharia Elétrica (42), Engenharia Mecânica (41), Sistemas de Informação (40), Economia (24) e Engenharia de Computação (23) completam as primeiras colocações.

As instituições de ensino mais recorrentes na formação superior desses brasileiros: foram Universidade de São Paulo (USP), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade Paulista (UNIP), Fundação Getúlio Vargas (FGV), as Pontifícias Universidades Católicas de São Paulo (PUC-SP), Rio de Janeiro (PUC-Rio) e Minas Gerais (PUC Minas), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), todas com no mínimo dez ex-alunos contratados nos EUA.

No entanto, as empresas americanas precisam comprovar às autoridades que tentou contratar um profissional com perfil equivalente dentro do país,  por meio de anúncios em sites, jornais e na respectiva agência estadual de trabalho. Somente após esse processo – que pode durar meses –, ela é autorizada a contratar um estrangeiro, que recebe o green card.

Fonte: Nossa Gente